Por que a Jordânia gostou do plano de Trump para Gaza
Presidente americano ameaçou cortar financiamento bilionário ao país, que aceitou receber 2 mil crianças palestinas
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O presidente americano, Donald Trump, recebeu o rei Abdullah II da Jordânia na Casa Branca nesta terça, 11.
A visita ocorreu em meio ao anúncio do republicano de ter a intenção de ocupar a Faixa de Gaza e enviar os refugiados palestinos para outros países, entre os quais a Jordânia.
Pressionado por Trump, o rei jordaniano afirmou que aceitará 2.000 crianças palestinas doentes em seu país.
"Acho que uma das coisas que podemos fazer imediatamente é levar 2.000 crianças que são crianças com câncer ou estão em um estado muito doente para a Jordânia o mais rápido possível. E então esperar que os egípcios apresentem seu plano sobre como podemos trabalhar com o presidente para trabalhar na causa dos desafios", disse.
Horas depois, Abdullah compartilhou uma publicação no X na qual se opunha ao deslocamento em massa de palestinos.
"Reconstruir Gaza sem deslocar os palestinos e abordar a terrível situação humanitária deve ser a prioridade de todos", dizia.
Quando Trump revelou a ideia de ocupação da Faixa de Gaza, os países árabes rapidamente se opuseram à medida.
Pressão
Em entrevista à Fox News, Trump ameaçou cortar o financiamento bilionário à Jordânia, caso Abdullah rejeitasse a ideia de enviar palestinos para o seu país.
"Sim, talvez, claro, por que não. Se não o fizerem, eu possivelmente reteria a ajuda, sim", disse o republicano.
O presidente americano, porém, disse acreditar que o rei jordaniano terá "bom coração".
De acordo com o Departamento de Estado, os EUA enviaram US$ 1,7 bilhão em ajuda estrangeira à Jordânia em 2023.
Rei Hussein
Em 1946, a Jordânia virou um estado independente conhecido como Reino Hachemita da Transjordânia.
Após a criação do estado de Israel, em 1950, o país se tornou uma monarquia constitucional em que apenas jordanianos poderiam assumir o trono.
Em 1999, Abdullah II assumiu o trono após o falecimento de seu pai, rei Hussein.
O país é o segundo que mais recebeu refugiados no mundo, com 730 mil pessoas que deixaram suas nações.
Parte da população convive com um grande número de sírios, que fugiram da guerra civil de 2011.
Estima-se que a Jordânia também seja ainda a maior população palestina fora da Cisjordânia e Gaza.
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Comentários (1)
Denise Pereira da Silva
2025-02-13 00:13:57O mundo está cheio de governantes corruptos malvados de bom coração.