Gabriel Boric pede liberdade para os presos políticos venezuelanos
"Eu sou uma pessoa de esquerda e da esquerda política eu digo a vocês, o governo de Nicolás Maduro é uma ditadura", disse o presidente chileno
O presidente do Chile, Gabriel Boric (foto), pediu a liberdade dos venezuelanos em um discurso nesta quinta, 9.
Na sexta, 10, o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, tomará posse para um terceiro mandato.
"Eu sou uma pessoa de esquerda e da esquerda política eu digo a vocês, o governo de Nicolás Maduro é uma ditadura e nós temos que fazer todos os esforços internacionais para restaurar a lei, a democracia, todos os esforços para que o povo da Venezuela tenha o direito de direito de decidir seu próprio destino. Essa é a posição do governo chileno que defendemos desde o início e que manteremos. Faço um chamado para a liberdade dos presos políticos que estão sendo perseguidos neste momento na Venezuela", disse Boric em uma cerimônia de entrega de viaturas policiais em Concepción.
"Tenho uma certeza, hoje na Venezuela estão perseguindo aqueles que se opõem ao governo e o governo de Nicolás Maduro se tornou uma ditadura, uma ditadura que, além disso, roubou nas últimas eleições e hoje na Venezuela, não há liberdade", afirmou o chileno.
Boric disse que o governo chileno retirou sua representação diplomática da Venezuela porque "dissemos que não reconhecemos a fraude eleitoral perpetrada pelo governo de Maduro que até hoje continua perseguindo organizações vinculadas à defesa dos direitos humanos”.
A esquerda democrática
As frases de Boric marcam uma enorme diferença para as declarações de Lula e do governo brasileiro.
Até agora, Lula não condenou as violações de direitos humanos na Venezuela, não disse que houve fraude eleitoral e não reconheceu a vitória do opositor Edmundo González Urrutia.
Sequestro de María Corina
Nesta quinta, 9, a líder da oposição María Corina Machado foi sequestrada por forças da ditadura de Maduro.
"Hoje, 9 de janeiro, saindo da manifestação em Chacao, Caracas, María Corina Machado foi interceptada e derrubada da motocicleta que dirigia. Armas de fogo foram disparadas no evento. Eles a levaram embora à força. Durante o período do sequestro, ela foi obrigada a gravar vários vídeos e posteriormente foi libertada. Nas próximas horas ela se dirigirá ao país para explicar os fatos", afirmou a equipe de María Corina na rede X..
Trump se solidariza
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, divulgou uma mensagem nas redes sociais nesta quinta, 9, criticando o sequestro da líder da oposição, Maria Corina Machado, após uma manifestação em Caracas.
“A ativista venezuelana pela democracia María Corina Machado e o presidente eleito González estão expressando pacificamente as vozes e a vontade do povo venezuelano com centenas de milhares de pessoas se manifestando contra o regime", afirmou Trump.
"A grande comunidade venezuelana-americana nos Estados Unidos apoia esmagadoramente uma Venezuela livre, e me apoiou fortemente. Esses guerreiros da liberdade não devem ser prejudicados e devem permanecer seguros e vivos!”
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