González será "automaticamente preso" se voltar, ameaça PGR de Maduro
O candidato da oposição tem dito que voltará à Venezuela para tomar posse como presidente eleito em 10 de janeiro
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, alinhado a Nicolás Maduro, ameaçou o candidato da oposição, Edmundo González, de prisão, caso ele retorne do exílio em Espanha.
"Ele sabe que, se entrar na Venezuela, será automaticamente preso", disse o procurador em entrevista à agência de notícias AFP.
González tem dito que voltará à Venezuela para tomar posse como presidente eleito em 10 de janeiro.
"Voltarei à Venezuela o mais rápido possível, quando restaurarmos a democracia em nosso país... Vou tomar posse como presidente eleito no dia 10 de janeiro", afirmou o candidato da oposição a repórteres em 4 de outubro, depois de participar de um evento empresarial na Espanha.
Chavismo ordena prisão de Edmundo González
A Procuradoria-Geral da Venezuela, controlada pelo chavismo, anunciou em 2 de setembro que um tribunal expediu um mandado de prisão contra Edmundo González.
O diplomata foi intimado para prestar depoimento sobre a apuração paralela das eleições de 28 de julho. Segundo a oposição, González venceu o ditador Nicolás Maduro com cerca de 70% dos votos.
“Eles perderam toda a noção da realidade. Ao ameaçar o Presidente Eleito apenas conseguem nos unir mais e aumentar o apoio dos venezuelanos e do mundo a Edmundo González”, escreveu María Corina sobre o mandado de prisão.
Não vai ter ata eleitoral na Venezuela
A Sala Constitucional do Supremo Tribunal de Justiça (TSJ, na sigla em espanhol) da Venezuela afirmou, em 5 de novembro, que certificou de “maneira inquestionável” e “categoricamente” os resultados divulgados pelo CNE na madrugada de 29 de julho.
A Sala Constitucional do TSJ, contudo, não divulgou os argumentos usados para tomar suas decisões.
Atas mostram que Edmundo González venceu a votação
A oposição venezuelana apresentou publicamente as atas da votação presidencial, comprovando a vitória de Edmundo González.
O Centro Carter, um dos mais respeitados institutos de monitoramento de eleições, apresentou em 2 de outubro, ao Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington, nos Estados Unidos, as "atas originais" da votação de 28 de julho na Venezuela, que "demonstram" a vitória do candidato da oposição Edmundo González Urrutia sobre o ditador Nicolás Maduro.
"[Os dados] mostram que Edmundo González obteve mais de 67% dos votos e Nicolás Maduro obteve 31%", afirmou Jennie Lincoln, chefe da missão eleitoral do instituto, corroborando com o que a oposição venezuelana havia afirmado após o pleito.
Na ocasião, a líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, agradeceu ao Centro Carter por apresentar as atas na OEA.
"O mundo sabe o que aconteceu no dia 28 de julho; Agora você tem a VERDADE em suas mãos!"
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