Crusoé edição 338: Esquerda apagada
Reportagem de capa explica a desconexão entre o PT e seus partidos aliados com a população brasileira
O resultado pífio nas eleições municipais escancarou o apagão que a esquerda brasileira está atravessando. Incapaz de atualizar suas bandeiras, essa corrente perdeu a conexão com boa parte da população, principalmente com os mais pobres. O fenômeno tem causas internas e externas, e vem se delineando há vários anos, mas tem sido sistematicamente desprezado pelos seus líderes. Essa dificuldade em encontrar uma solução para ele faz com que o PT e seus aliados mais próximos, como o Psol, tenham um futuro incerto pela frente.
No plano mais geral, o fim do bloco soviético, em 1989, expôs a ineficiência do centralismo econômico e das ideologias comunistas. Foi uma vitória clara do poder do capitalismo e da democracia em prover o bem-estar das pessoas e atender aos seus anseios por liberdade. Mas o PT de Lula, em vez de embarcar em um novo rumo mais liberal, como fizeram os partidos de esquerda europeus, fundou o Foro de São Paulo, em parceria com o ditador cubano Fidel Castro. De lá para cá, a correção de rota nunca aconteceu, diz a reportagem de capa da nova edição de Crusoé, assinada por Duda Teixeira.
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