Mais um plano mirabolante de Lula que vai direto para a lata de lixo
Proposta anunciada em maio com a China normaliza territórios invadidos pela Rússia e foi ignorada pelas democracias. Em 2011, outro plano, para enriquecer urânio iraniano também foi desconsiderado
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky (foto), rejeitou em seu discurso na Assembleia-Geral da ONU a proposta feita por Brasil e China para alcançar a paz na Ucrânia.
"Quando alguém propõe alternativas, planos de acordo pouco entusiasmados, isso não apenas ignora os interesses e o sofrimento dos ucranianos, não apenas ignora a realidade, como dá a (Vladimir) Putin o espaço político para continuar a guerra", afirmou Zelensky.
“Quando a dupla China e Brasil tenta convencer outros a apoiá-los na Europa, na África, propondo uma alternativa a uma paz plena e justa, surge a pergunta: qual é o verdadeiro interesse deles? Todos precisam entender que não terão mais poder às custas da Ucrânia.”
A acusação de Zelensky contra Lula é grave. O que o ucraniano está afirmando é que Lula estaria se metendo na guerra apenas por oportunismo político, para aumentar seu próprio capital político. Seria uma atitude egocêntrica, para dizer o mínimo.
Normalização da invasão
O plano de Lula e dos chineses não tem qualquer cabimento, tanto que foi ignorado por todas as democracias e potências do mundo ocidental. Só quem deu atenção à ideia foram países como Irã, Rússia e Cazaquistão, além da China, é claro.
A proposta foi anunciada em maio deste ano. Quatro meses se passaram e praticamente ninguém no mundo civilizado tocou no assunto. Lula, ainda assim, decidiu insistir na mesma tecla, provavelmente mais por publicidade pessoal do que por buscar algum resultado prático.
A ideia, afinal, já foi para a lata de lixo.
A razão para que a proposta não tenha ido adiante é fácil de entender. Logo no seu primeiro item, a proposta afirma que "as duas partes apelam a todos os atores relevantes a observarem três princípios para a desescalada da situação, a saber: não expansão do campo de batalha, não escalada dos combates e não inflamação da situação por qualquer parte".
Falar em "não expansão do campo de batalha" é o mesmo dizer que a Rússia, país invasor, pode ficar com os nacos de território que pertencem à Ucrânia.
Dizer isso é desconsiderar a Carta da ONU, que proíbe a invasão de países soberanos. Segundo o documento, todas as disputas internacionais devem ser resolvidas por meios pacíficos.
Ao ressuscitar o assunto, Lula só evidenciou que seus planos mirabolantes têm vida curta.
Em 2010, o Brasil, sob sua liderança, costurou um acordo com a Turquia e o Irã para permitir o enriquecimento de urânio em centrífugas iranianas. Celso Amorim era o ministro de Relações Exteriores do Brasil. Atualmente, Amorim é assessor especial da Presidência.
O anúncio sobre as centrífugas iranianas surpreendeu o mundo, pois as negociações foram feitas sem consultas com as principais potências.
O plano foi desprezado pelos Estados Unidos e pelos países europeus, que assinaram outro documento sobre o mesmo assunto, anos depois.
Haja lata de lixo para tanta ideia descabida.
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Comentários (1)
Edwin Aular
2024-09-26 06:17:32Lula me lembra o Chávez.