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Maduro amplia caçada humana "Tun Tun" a opositores e ativistas

A ditadura de Nicolás Maduro na Venezuela amplicou a caçada humana a opositores e defensores de direitos humanos neste sábado, 3. O método utilizado é o "tun tun", que remete ao barulho de uma mão batendo na porta — como o "tok tok", em português. O termo foi criado pelo número dois do chavismo, Diosdado...

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Crusoé
3 minutos de leitura 03.08.2024 20:08 comentários 0
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A ditadura de Nicolás Maduro na Venezuela amplicou a caçada humana a opositores e defensores de direitos humanos neste sábado, 3.

O método utilizado é o "tun tun", que remete ao barulho de uma mão batendo na porta — como o "tok tok", em português.

O termo foi criado pelo número dois do chavismo, Diosdado Cabello, em 2014.

O "tun tun" ocorre quando oficiais do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) e da Direção Geral de Contrainteligência Militar (DGCIM) batem nas portas das pessoas procuradas sem nenhum mandado ou acusação.

O Sebin e o DGCIM estão entre os órgãos que mais realizam torturas na Venezuela.

As pessoas, então, são levadas para os calabouços da ditadura e mantidas incomunicáveis.

O método é divulgado publicamente pelo chavismo, que tem orgulho da própria violência.

Um vídeo divulgado pela DGCIM mostra homens fardados colocando uma pessoa em um camburão, com uma toca na cabeça, escondendo o rosto.

"Operação Tun Tun sem choradeira", é o título do vídeo (assista abaixo).

 

 

"Não importa aonde você vá, nós vamos te encontrar", diz uma voz.

No sábado, 3, Cabello comentou a Operação Tun Tun na sua conta no X.

"#TunTunChegou a Paz. Não vão poder nos derrotar. Os violentos, os terroristas, os haters, os traficantes, devem ao país horas de angústia, de tristeza, a justiça deve prevalecer sobre grupos e sobrenomes, chega de impunidade. Unidos, nós iremos ganhar!", escreveu Cabello.

Um dos primeiros alvos da operação Tun Tun foi o opositor Freddy Superlano, que foi sequestrado por homens armados do Sebin em sua casa na semana passada.

Ainda que o termo tenha sido criado para definir as detenções ilegais nas casas das pessoas, opositores e ativistas têm sido presos em vários lugares.

Neste sábado, 3, o defensor de direitos humanos Yendri Velásquez (foto) foi preso quando estava no aeroporto de Maiquetía, perto de Caracas.

Velásquez estava a caminho da Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, que ocorre entre os dias 5 e 23 de agosto em Genebra, na Suíça.

Ele apenas conseguiu avisar familiares que estava sendo abordado por duas pessoas no aeroporto.

Velásquez é um conhecido ativista dos direitos humanos da comunidade LGBT e é diretor do Observatório Venezuelano da Violência LGBTIQ+.

Yendri foi libertado horas depois, após pressão internacional.

Maduro está sendo investigado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes contra a humanidade.

Na semana passada, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, pediu ao TPI para emitir um mandado de prisão contra Maduro.

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