Partido Republicano oficializa Trump como candidato à Presidência
O Partido Republicano oficializou a candidatura do ex-presidente americano Donald Trump para as eleições presidenciais de 5 de novembro. A formalização ocorreu na tarde desta segunda-feira, 15 de julho, na Convenção Nacional do Partido Republicano, em Milwaukee, no estado de Wisconsin. A votação ainda não terminou, mas Trump conseguiu a maioria dos delegados republicanos com...
O Partido Republicano oficializou a candidatura do ex-presidente americano Donald Trump para as eleições presidenciais de 5 de novembro.
A formalização ocorreu na tarde desta segunda-feira, 15 de julho, na Convenção Nacional do Partido Republicano, em Milwaukee, no estado de Wisconsin.
A votação ainda não terminou, mas Trump conseguiu a maioria dos delegados republicanos com o voto da delegação da Flórida, após uma série de outros estados e territórios anunciarem seu apoio ao ex-presidente.
Trump nadou de braçadas ao longo das primárias do partido, permanecendo invicto em todos os estados que disputou — ele não participou das primárias em Nevada.
Nesse estado, a então única rival de Trump, Nikki Haley, perdeu para "nenhuma destas opções". Ela veio a sair da pré-campanha em março.
Tudo sempre encaminhado para Trump
O que faz Trump um candidato aparentemente imbatível dentro do partido é apresentar-se como o completo oposto do republicanismo tradicional.
“Trump é o defensor dos homens brancos de classe trabalhadora que, sem diploma universitário, sentem raiva por ver seu padrão de vida estagnar ou decair”, diz Stephen Macedo, da Universidade Princeton.
Análises sobre a base do ex-presidente não se cansam de falar sobre a aversão à globalização e à "diversidade" — mais recentemente, a cultura woke, que resume a política a questões identitárias, deu um novo nome ao inimigo do trumpismo na pauta de costumes.
Algo menos percebido é como a globalização e a diversidade remetem a uma fraqueza eleitoral do republicanismo tradicional: a moderação na política migratória.
Nenhum candidato não trumpista consegue apresentar uma alternativa atrativa ao discurso radical do ex-presidente sobre imigração, que é considerada o segundo tema mais importante para o eleitorado republicano, atrás apenas da economia.
Trump não inventou o populismo, nem descobriu um eleitorado novo. Ele soube mobilizar uma base conservadora antiliberal ("liberal" no sentido americano, onde a palavra está associada à esquerda) que outros políticos já haviam engajado ao longo do século 20, como o ex-presidente Richard Nixon.
Nas décadas de 60 e 70, Nixon usava os hippies e a contracultura como bodes expiatórios para fins políticos. Também para agrado desses eleitores, e à diferença do perfil tradicional republicano, Nixon nunca execrou o assistencialismo.
Pelo contrário, tentou implementar uma renda básica universal. Esses americanos não se incomodam com a intervenção do Estado na economia, se for para ajudar quem eles consideram como parte do "povo".
Hoje, Trump é o maior defensor do assistencialismo dentro do Partido Republicano. No sábado anterior à votação em New Hampshire, 20 de janeiro, o ex-presidente atacou (com mentiras) o programa de governo de Haley em dois pontos. Foram justamente política migratória e assistencialismo.
Leia mais em: Tudo encaminhado no Partido Republicano
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