Caso Toffoli: BC pode pedir explicações e até punir o Mercantil
O Banco Central (BC) pode pedir explicações e até punir o Banco Mercantil do Brasil por não ter alertado os órgãos de controle sobre as movimentações bancárias atípicas do ministro Dias Toffoli. O caso foi revelado por Crusoé nesta sexta-feira. Em nota, o órgão afirmou que não pode comentar situações específicas sobre empresas e pessoas físicas,...

O Banco Central (BC) pode pedir explicações e até punir o Banco Mercantil do Brasil por não ter alertado os órgãos de controle sobre as movimentações bancárias atípicas do ministro Dias Toffoli. O caso foi revelado por Crusoé nesta sexta-feira.
Em nota, o órgão afirmou que não pode comentar situações específicas sobre empresas e pessoas físicas, mas que em casos como o do ministro do Supremo, em que o Mercantil deixou de comunicar as autoridades competentes sobre transações consideradas atípicas, a resposta foi: "Nos casos em que o Banco Central, em sua atividade de supervisão, identifica situações com indícios de atipicidade que deveriam ter sido comunicadas ao Coaf e não o foram, questiona a instituição sobre as causas da não comunicação e determina, quando necessário, adequação de seus procedimentos de controle de PLD".
PLD, no caso, é a sigla para Prevenção de Lavagem de Dinheiro. A depender da situação, o texto do BC diz que pode haver até abertura de processo administrativo contra as instituições que desrespeitam as normas.
O ministro Dias Toffoli, que assume a presidência do Supremo em setembro, recebe mesada de 100 mil reais em uma conta do Mercantil. O dinheiro vem da mulher, sócia de um escritório de advocacia. Os técnicos do banco consideraram as transações suspeitas em 2015, mas os órgãos do governo não foram informados.
Confira a nota do BC na íntegra:
"O Banco Central não faz comentários sobre Instituições Financeiras ou pessoas físicas. Nos termos da Lei e da regulamentação, as instituições financeiras tem a responsabilidade de realizar o acompanhamento da movimentação financeira de seus clientes, selecionando para análise as operações com indícios de atipicidade, analisá-las e decidir sobre o cabimento de comunicação ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras – Coaf, mantendo em dossiês toda a documentação referente a essa análise. Nos casos em que o Banco Central, em sua atividade de supervisão, identifica situações com indícios de atipicidade que deveriam ter sido comunicadas ao Coaf e não o foram, questiona a instituição sobre as causas da não comunicação e determina, quando necessário, adequação de seus procedimentos e sistemas de controle de PLD. Em determinadas situações, pode também haver instauração de processo administrativo sancionador".
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Comentários (10)
Maria
2018-07-31 16:28:28Além do problema com o COAF, tem o Imposto de doação a ser pago,.
André
2018-07-30 21:25:57Grande circo...como é fácil enganar o povo ignorante. Depois dessa reportagem sabe o que vai acontecer? NADA.....
Annelise
2018-07-30 20:55:07Vamos ficar atentos e acompanhar .
ANTÔNIO
2018-07-30 20:24:48Se fosse eu, já estava ferrado. Em que pais estamos vivendo !
Plinio
2018-07-30 20:09:14É o ministro?🤔
JOSE
2018-07-30 15:53:28...se bater no Supremo!...tófille. Não vai dar em nada.
Vera
2018-07-30 11:12:30Vamos acompanhar
Patrick
2018-07-30 07:56:46O sistema bancário faz parte do mecanismo, vulgo ORCRIM, que defende ou protege a casta de privilegiados formada por funcionários/agentes públicos ou políticos que quando não corruptos, perdulários e improdutivos... O Brasil precisa se livrar imediatamente do mecanismo e da casta...
Telma
2018-07-30 06:17:28Por que até agora, essa notícia nao repercutiu na imprensa de modo geral?
OSWALDO
2018-07-29 18:24:41Agora, a situação do "José" como fica? Ninguém vai investigar mais a fundo?