Cuba proíbe procissões na Semana Santa
A ditadura de Cuba proibiu diversas igrejas de realizarem procissões na Sexta-Feira Santa. Nas cidades de Bayamo, Vila Clara e Havana, vários padres não receberam a autorização do Partido Comunista de Cuba para fazer eventos nas ruas. A proibição ocorre depois que cubanos protestaram contra a ditadura comunista na noite do domingo, 17 de março....
A ditadura de Cuba proibiu diversas igrejas de realizarem procissões na Sexta-Feira Santa. Nas cidades de Bayamo, Vila Clara e Havana, vários padres não receberam a autorização do Partido Comunista de Cuba para fazer eventos nas ruas.
A proibição ocorre depois que cubanos protestaram contra a ditadura comunista na noite do domingo, 17 de março. Ocorreram manifestações em pelo menos seis cidades: Santiago de Cuba, Bayamo, Ciego de Ávila, Santa Marta, Cárdenas e Marianao.
A ditadura comunista tem medo que, ao permitir que o povo cubano saia às ruas, ocorram novas manifestações contra o regime comunista, que controla a ilha há 65 anos.
O padre Lester Zayas (foto), padre da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, no bairro doe El Vedado, na capital Havana, divulgou uma nota no Facebook na segunda, 25, reclamando da proibição.
Eis a mensagem do padre:
"Aos meus queridos paroquianos e a todas as pessoas do território paroquial:
Ontem fui informado através dos canais competentes que não seria aprovada a procissão do Santo Sepultamento que havia sido oportunamente solicitada, pelas ruas do Vedado como vem fazendo há mais de onze anos com exceção do tempo de pandemia e último ano o que também foi negado, no caso do ano passado por falta de pessoal para garantir a segurança. Nesta ocasião, a recusa se deu por minha causa. Aparentemente, minhas homilias deixam algumas pessoas desconfortáveis ou nervosas.
Em relação a isso é bom fazer alguns esclarecimentos:
O pedido da procissão não é uma iniciativa do pároco, é fruto da vontade do paroquiano e portanto das pessoas que querem manifestar publicamente a sua fé, querem levar a religião que professam aos seus bairros, aos seus ruas, às suas casas, à sua vida quotidiana, é portanto um direito soberano do Santo Povo Fiel de Deus. Negá-lo como punição a um pároco é, além de absurdo, uma violação da liberdade religiosa. O pároco é apenas o porta-voz do desejo do povo, é quem o solicita à autoridade competente mas não é o seu desejo pessoal.
Entendo que o conteúdo de algumas das minhas homilias possa ser incômodo, a verdade geralmente é que o Evangelho tem uma força que, assim como nos desafia a todos, nos incomoda a todos, mas o púlpito nunca foi usado para fazer política, em o estilo dos partidos políticos ou como eles entendem a política porque não é responsabilidade do pregador fazer isso. Sim, é ler a realidade a partir do Evangelho, sempre com o objetivo de iluminar a partir da fé, educar a partir do Evangelho, denunciar se for necessário a obra do Maligno e exortar à prática da virtude. Sempre com o objetivo de fazer com que a realidade seja iluminada pela força da Palavra salvadora de Deus em quem acreditamos. Se alguém quis ver algo mais nas minhas homilias, seja de dentro ou de fora, a sua visão não é correta nem bem intencionada.
Nunca, nos meus anos de sacerdócio, utilizei o espaço público, por exemplo durante as procissões, para exortar outra coisa que não a piedade. Sou muito consciente do espaço público e sobretudo defensor de um Estado laico, para saber distinguir entre o espaço público que tem um tipo de tratamento e o espaço religioso que tem outro. É por isso que não compreendo os receios que poderiam ter levado à recusa da procissão. Como sacerdote e homem adulto que conhece as leis e a atual Constituição da República, sei o que é permitido e o que não é.
Por último, lamento os transtornos que esta recusa possa trazer e o desconforto que possa causar na cidade. Da mesma forma, lamento que a liberdade religiosa de uma parte do povo de Deus esteja a ser maltratada, devido a coisas que poderiam ser discutidas num diálogo franco e sereno.
No entanto, a procissão do Santo Sepultamento realizar-se-á pelas dependências internas da Paróquia na Sexta-feira Santa, às 18h.
O padre."
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Comentários (6)
Sônia Adonis Fioravanti
2024-03-30 14:29:54E somente Presidentes anencéfalos apoiam e fecham os olhos para esses ditadores (Cuba ,Venezuela ,Rússia ,Coreia do Norte entre outros)
Franco
2024-03-30 13:42:02Socióloga de fim de semana e por correspondência. Publique sua tese de monografia. LEU QUEM? QUAL ICONE DA SOCIOLIA LEU. QUAIS SUAS IMPRESSÕES?
Franco
2024-03-30 13:21:15Sra. Janja, fale alguma coisa.
Amaury G Feitosa
2024-03-30 10:52:50E o papa Xico se derrete de amores por estes ditadores assassinos ... que Mané !!!
KEDMA
2024-03-29 10:54:16Tudo passa … a ditadura cubana está com seus dias contados.
Marcia Elizabeth Brunetti
2024-03-29 09:02:07E uma maravilha viver em Cuba...a Democracia Relativa mantém todos com fé e esperança de dias melhores. Pena que dia 17/março não deve ter dado em nada. Provavelmente só em prisões. Vamos lá luloafetivos! Partiu se mudar para aquele país da igualdade. Kkkkkk