Investigações contra filho de Gustavo Petro avançam
Nicolás Petro Burgos (foto), o filho do presidente colombiano Gustavo Petro (foto), prestou depoimento nesta quinta-feira, 14, em um caso que pode sedimentar um processo de impeachment do presidente colombiano. Em sua fala, prestada na Câmara do país, Petro Burgos disse que foi pressionado a incriminar o pai em um caso que investiga o financiamento...
Nicolás Petro Burgos (foto), o filho do presidente colombiano Gustavo Petro (foto), prestou depoimento nesta quinta-feira, 14, em um caso que pode sedimentar um processo de impeachment do presidente colombiano. Em sua fala, prestada na Câmara do país, Petro Burgos disse que foi pressionado a incriminar o pai em um caso que investiga o financiamento da sua campanha pelo narcotráfico do país.
"Fui pressionado a depor contra meu pai", disse Petro Burgos, em um vídeo com seu depoimento aos procuradores. Ele se refere a um caso que o levou a prisão, em junho do ano passado, pelas supostas práticas de lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito. Segundo ele, um promotor teria dito que, ao incriminar seu pai, ele poderia ficar em prisão domiciliar e ver seu filho nascer.
O filho de Gustavo, no entanto, reconheceu que o pai esteve em um evento financiado pelo Clã Torres, um dos principais grupos de narcotráfico do país. Uma das linhas de investigação do Ministério Público envolve o possível financiamento secreto da campanha pelo governo de Nicolás Maduro, da vizinha Venezuela.
Petro Burgos não ocupa cargos políticos, mas é acusado de levar uma vida de luxo com o dinheiro que teria vindo do Clã Torres — daí a acusação de enriquecimento ilícito. No depoimento, o filho do presidente voltou a acusar o que entende ser uma "motivação política" para o caso.
"[A hipótese do dinheiro do narcotráfico] foi uma suposição que fiz, naquele momento, para agradar o procurador e não me ver exposto à prisão", disse Petro Burgos no depoimento desta quinta-feira. "Te insisto, meu maior anseio era conhecer meu filho, e por isso afirmei algo que não bate."
A possibilidade de um processo de impeachment é apenas mais uma das muitas dificuldades que Petro, o primeiro presidente de esquerda na Colômbia, enfrenta. Seu mandato há muito já não é popular, e sofre com a falta de políticas públicas de sucesso, como na negociação com as forças terroristas das Farc. Além disso, ele vive em eterno pé-de-guerra com seu governo, com seguidas ameaças de dissolução do seu gabinete de ministros.
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