Ucrânia ataca refinarias russas com drones a 770 km da fronteira
O governo da Ucrânia assumiu a autoria de um ataque contra uma refinaria de petróleo russa em Kstovo, uma cidade a 770 km da fronteira com a Ucrânia. O ataque é um dos mais ambiciosos já realizados por Kiev, e mostra que o país tem aos poucos ampliado o alcance da sua retaliação, contra a...
O governo da Ucrânia assumiu a autoria de um ataque contra uma refinaria de petróleo russa em Kstovo, uma cidade a 770 km da fronteira com a Ucrânia. O ataque é um dos mais ambiciosos já realizados por Kiev, e mostra que o país tem aos poucos ampliado o alcance da sua retaliação, contra a invasão de território russa que já dura desde 2022.
O ataque feito por uma esquadra de drones atingiu a refinaria, que é a quarta maior do país e é capaz de processar 340 mil barris de petróleo por dia. Não há confirmação de vítimas nem pela Lukoil, empresa que opera a refinaria, nem do governo russo — a Tass, mídia estatal, falou em oito feridos em operações em todo o país. A usina foi fechada temporariamente por um incêndio após o ataque.
Além da refinaria em Kstovo, uma refinaria em Oryol, a 150 km da fronteira, foi atingida por ataque semelhante, indicou a mídia estatal russa. Um terceiro equipamento não tripulado foi derrubado perto de São Petersburgo.
O Ministério da Defesa russo tratou o ato como uma grande ofensiva, e afirmou que ao menos 31 veículos não tripulados foram interceptados e abatidos em seu território. Além disso, mísseis de fabricação tcheca usados pelo governo de Volodymyr Zelensky teriam sido interceptados, incluindo um que não era visto em uso há pelo menos dois meses. Na semana passada, uma ponte de ferrovia a quase 1.050 km da fronteira foi derrubada em ataque de drones ucranianos.
Todos esses avanços marcam um "presente" de Kiev a Vladimir Putin em uma semana importante para ele —a de sua eleição presidencial. Como ocorreu em todo o século XXI, Putin concorre sem concorrentes, tendo cassado os direitos de uns, e matado outros — como o caso de Alexei Navalny, morto na prisão no mês passado.
Na cédula, Putin estará ao lado de Nikolai Kharitonov, do Partido Comunista, de Leonid Slutsky, do Partido Liberal Democrático, e de Vladislav Davankov, do Novo Partido do Povo.
Mas todos eles são o que se conhece por "oposição sistêmica". Eles jamais criticam o governo. Ao se colocar como uma oposição formal, eles são úteis ao regime que quer parecer democrático, embora tudo não passe de um jogo de cena.
Leia mais em Crusoé: Por que Putin não terá candidatos de oposição nas eleições
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Comentários (1)
Amaury G Feitosa
2024-03-13 08:58:18A Ucrânia reage como pode e lá é o embrião da grande guerra do século podem esperar ... lembro que a finada URSS na coletivização de Stalin matou DE FOME quatro milhões de ucranianos e de quebra mais seis milhões nos gulags piedosos e libertadores dos esquerdopatas insanos e vem mais por aí inclusive aqui ... quem sobreviver chorará !!!