A guerra da Ucrânia vai ao tapete vermelho
A invasão russa à Ucrânia chega a seu terceiro ano com o governo de Kiev cada vez mais dependente do apoio financeiro e militar do Ocidente — e dos Estados Unidos, cada vez menos inclinados a ajudar a resistência ucraniana. Os bilhões de dólares, que precisam ser liberados pelo Congresso, estão represados por uma crescente...
A invasão russa à Ucrânia chega a seu terceiro ano com o governo de Kiev cada vez mais dependente do apoio financeiro e militar do Ocidente — e dos Estados Unidos, cada vez menos inclinados a ajudar a resistência ucraniana. Os bilhões de dólares, que precisam ser liberados pelo Congresso, estão represados por uma crescente pressão de Donald Trump e dos republicanos.
O país, no entanto, pode ser lembrado em rede nacional, na noite de domingo, 10, da gravidade da situação — já que uma produção sobre os horrores da guerra é um dos cinco concorrentes à "melhor documentário" no Oscar deste ano.
"20 dias em Mariupol" é um relato em primeira pessoa de Mstyslav Chernov, um documentarista que atuou em diversas coberturas desde e revolução da praça Maidan em 2013, que levou à invasão russa na Crimeia. Desta vez, acompanhando equipes da Associated Press (AP) e do programa de notícias americano Frontline, ele e as equipes se veem presos na cidade de Mariupol no momento em que uma ofensiva russa se inicia na cidade.
É sobre isso que se desenrola a hora e meia do filme. Imagens de bombardeios se intercalam com cenas de combate nas ruas da cidade, que ficou completamente destruída após a tomada por Moscou, que cometeu potenciais crimes de guerra na operação.
As imagens também são entremeadas pelo lado humano da guerra: depoimentos emocionantes de crianças e atendimentos em hospitais, além da vida nos bunkers antimísseis da cidade.
Na cerimônia deste domingo, o filme concorre com produções de vários países, todas com forte apelo político: La memoria infinita é uma produção chilena sobre a luta de um casal para manter na memória os crimes da ditadura de Augusto Pinochet (1971-1990); To Kill a Tiger mostra a luta de uma família pela punição a estupradores de sua filha na Índia; Bobi Wine conta a história do cantor ugandês que tentou se candidatar contra o ditador do país africano; e As filhas de Olfa, sobre mulheres na Tunísia que se alistaram no Estado Islâmico.
Na Crusoé dessa semana, Gui Mendes destrincha a dificuldade do apoio dos EUA para apoiar a resistência ucraniana.
"Um dos políticos que mais têm atrapalhado a vida da Ucrânia é o ex-presidente e pré-candidato Donald Trump, que tem acusado os democratas de permitirem a imigração pela fronteira com o México e de serem responsáveis por uma onda de criminalidade em várias cidades. 'Trump nunca ligou para a fronteira', escreveu a jornalista e pesquisadora Anne Applebaum, uma das mais respeitadas estudiosas sobre a Rússia e sua esfera de influência. 'Trump está bloqueando o apoio à Ucrânia porque ele quer que a Ucrânia perca, não porque ele se preocupa com a fronteira'."
Leia na Crusoé #304: A Rússia vence pelo cansaço
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Comentários (2)
Franco
2024-03-05 17:28:36Lamento dizer, a Ucrania caiu numa citada. A Rússia está errada. Mas ponha-se no seu ligar. O que a Ucrania tinha ver com alianca com a OTan? O que a otan ganha em cercar a Russia?. Sabe de uma coisa? A covarde ucrania deve ser repartatida entre os vizinhos. Todos os vizinhos. Ponto final.
Alexandre Ataliba Do Couto Resende
2024-03-05 12:53:17Crusoe/Antagonista está em um passa pano rasgado com Puitin. Não foi a revolta da praça Maidan que kevou a invasão Russa. Foi a ambição louca do Puiton. Não é os EUA que estão cansado de apoiar a Ucrânia, mas sim Trump e seus apaniguados pagando contas pea Putin.