Ex-militar venezuelano opositor de Maduro é sequestrado no Chile
Ronald Ojeda (foto), um ex-militar venezuelano que se colocou como crítico da ditadura de Nicolás Maduro no país, foi sequestrado na última quarta-feira, 21, em seu apartamento em Santiago, no Chile. O seu sumiço agora mobiliza as autoridades do governo de Gabriel Boric, que acionaram a Interpol para localizá-lo. "O que quero informar é que...
Ronald Ojeda (foto), um ex-militar venezuelano que se colocou como crítico da ditadura de Nicolás Maduro no país, foi sequestrado na última quarta-feira, 21, em seu apartamento em Santiago, no Chile. O seu sumiço agora mobiliza as autoridades do governo de Gabriel Boric, que acionaram a Interpol para localizá-lo.
"O que quero informar é que de fato houve um sequestro de um cidadão venezuelano durante a madrugada, como já creio ser de conhecimento público, na comuna de Independencia", disse o ministro do Interior do Chile, Manuel Monsalve, durante uma reunião de emergência.
A ditadura bolivariana de Nicolás Maduro colocou Ojeda como um dos líderes de um suposto plano internacional para matá-lo. Chamada de "Operação Bracelete Branco", a operação teria a participação de 33 militares dissidentes das forças armadas venezuelanas considerados como "traidores da pátria", entre eles o nome de Ojeda.
Na versão dos fatos narradas pelo governo de Maduro, o militar teria sido imediatamente delatado por Rocío San Miguel, uma analista militar e ativista de direitos humanos presa ao tentar embarcar em um voo em Caracas. Também crítica ao governo de Caracas, ela será julgada por "terrorismo" e "traição à pátria".
Às vésperas de mais uma eleição de mentira — que deve mantê-lo no poder — Maduro também decidiu suspender na semana passada as atividades do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos na Venezuela, dando um ultimato de 72 horas aos funcionários do órgão para sair do país.
O motivo de Maduro ter tomado essa decisão foi o fato de funcionários da organização terem criticado as violações de direitos humanos na Venezuela, em duas ocasiões. Em 2019, o ditador aceitou a presença de um escritório com 13 funcionários do Alto Comissariado em seu país, assinando um memorando de entendimento.
O regime fez essa concessão com o objetivo de mostrar ao mundo que não desrespeita os direitos humanos, tanto que estava cooperando com as investigações sobre crimes contra a humanidade, tortura, detenções arbitrárias e desaparições forçadas.
Uma publicação do Alto Comissariado sobre Rocío San Miguel tratando o caso como um "desaparecimento forçado", selou o destino do órgão da ONU.
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Comentários (2)
Amaury G Feitosa
2024-02-24 11:01:04Lembrem do Gen. PRATES assassinado por Pinochet nos EUA ... por.isto o hõmi de cá num ficou por lá? Periiiiiiiigo ...
Daniel Vieira
2024-02-23 18:05:39Amigo do Lula