Parlamento da Turquia aprova entrada da Suécia na OTAN
O parlamento da Turquia aprovou nesta terça-feira, 23 de janeiro, a entrada da Suécia na Organização do Tratado de Atlântico Norte (OTAN). A aprovação se deu com votos tanto da base do autocrata Recep Tayyip Erdogan, o AKP, quanto do principal partido da oposição, o CHP. Com a aprovação parlamentar e a sanção de Erdogan,...
O parlamento da Turquia aprovou nesta terça-feira, 23 de janeiro, a entrada da Suécia na Organização do Tratado de Atlântico Norte (OTAN).
A aprovação se deu com votos tanto da base do autocrata Recep Tayyip Erdogan, o AKP, quanto do principal partido da oposição, o CHP.
Com a aprovação parlamentar e a sanção de Erdogan, prevista para os próximos dias, faltará apenas a aprovação da Hungria para a Suécia ingressar na OTAN.
Foram mais de 20 meses para a Turquia concluir a favor do ingresso de Estocolmo na aliança.
Conflito
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, anunciou em julho que a Turquia aceitou destravar o processo de ingresso da Suécia na aliança militar.
O país comandado pelo autocrata Recep Erdogan (à esquerda na foto) era um dos únicos dos 31 Estados membros a se opor à adesão dos suecos. A entrada de novos membros precisa ser aprovada por unanimidade.
Agora, resta apenas a Hungria para aprovar.
"O presidente Erdogan concordou em encaminhar o protocolo de adesão da Suécia à grande assembleia nacional o mais rápido possível e trabalhar em estreita colaboração com a assembleia para garantir a ratificação", disse Stoltenberg em conferência de imprensa em Vilnius, na Lituânia, em julho.
Em cerimônia, Erdogan cumprimentou o primeiro-ministro sueco Ulf Kristersson. A Suécia — um país historicamente neutro — protocolou seu pedido de adesão à Otan na esteira da invasão da Rússia à Ucrânia, em fevereiro do ano passado.
Erdogan travou o processo argumentando que Estocolmo “dá abrigo” a refugiados da minoria étnica curda que, segundo ele, fazem parte do Partido dos Trabalhadores do Curdistão, o PKK. O grupo é considerado terrorista pela Turquia mas também por EUA, União Europeia e Reino Unido.
O autocrata turco também usou essa justificativa para atrapalhar a adesão da Finlândia, que também ganhou impulso após a invasão russa. Entretanto, os finlandeses concluíram o processo em março deste ano.
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