Lula tenta jogar em Macron culpa por provável fracasso no acordo UE-Mercosul
Após as reuniões que manteve com o chanceler alemão Olaf Scholz em Berlim, nesta segunda-feira,4, Lula foi questionado pela imprensa sobre o acordo entre União Europeia e Mercosul, que sofreu ataques públicos de Emmanuel Macron durante o final de semana e corre o risco de emperrar — desta vez de maneira definitiva, antes da posse...
Após as reuniões que manteve com o chanceler alemão Olaf Scholz em Berlim, nesta segunda-feira,4, Lula foi questionado pela imprensa sobre o acordo entre União Europeia e Mercosul, que sofreu ataques públicos de Emmanuel Macron durante o final de semana e corre o risco de emperrar — desta vez de maneira definitiva, antes da posse de Javier Milei no próximo domingo, 10.
Questionado sobre as falas do presidente francês, Lula primeiro minimizou a fala do chefe de Estado — mas colocou a culpa toda de um fracasso no lado de Paris. "Não é apenas o Macron - o Macron, o [Nicolas] Sarkozy, o [Jacques] Chirac, o François Hollande", disse Lula, listando ex-presidentes franceses. "Nenhum deles se propõe a fazer acordo com o Mercosul, porque eles têm problemas políticos e financeiros com os produtores franceses. Respeitamos a posição deles, mas o que eu não posso dizer é que a gente não vai assinar."
O petista disse que ainda não deu o braço a torcer — e relembrou a curiosa campanha "sou brasileiro e não desisto nunca", pensada para supostamente resgatar a autoestima brasileira durante seu primeiro mandato, ainda em 2004. Ele citou a conversa que teve com o presidente francês no final de semana, durante as reuniões da COP28 em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Ambos devem se encontrar novamente nesta semana no Rio de Janeiro, para as reuniões entre União Europeia e Mercosul, na última tentativa de salvar o acordo.
"Quando eu me despedi do presidente Macron, eu disse 'quando você sentar na cadeira no avião, abra seu coração, converse com a sua esposa, e aceite fazer um acordo entre a União Europeia e o Mercosul", disse o brasileiro. "Se isso não o sensibilizou, eu não vou desistir do Macron."
Presente à coletiva bilateral, Olaf Scholz limitou-se a dizer que a Berlim interessa "celebrar soluções de compromisso" e que seu governo tem "interesse em boa solução de progresso."
Outro ponto sensível para Lula é o presidente eleito Javier Milei — que já chamou o acordo de um "estorvo" apara a economia argentina durante sua eleição, mas que já indica que vai dar o sinal verde ao texto. Apesar da posse ser no próximo domingo, dia 10, Lula ainda não confirmou ida a posse (algo que Jair Bolsonaro fará com o maior prazer) e não citou Milei nominalmente nas três vezes em que falou do país vizinho na coletiva de imprensa.
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Comentários (2)
Marcia Elizabeth Brunetti
2023-12-05 09:34:47Querendo dar lição de moral, Descondenado? E você? excelentíssimo presidente? A noite deita na cama caríssima ao lado de Janja e discutem o que? qual o passeio que farão no mês? De onde ele vai tirar dinheiro para o comprar o avião que sua amada pediu?
Maria
2023-12-04 16:33:48Ficar em cima do muro também é perigoso, é preciso assumir e sustentar ! Êita Brasil!