Investigado em SC é suspeito de invadir computador de delegado da Lava Jato
O grupo criminoso formado por delegados federais, policiais rodoviários e empresários que foi alvo da Operação Chabu, deflagrada na última terça-feira em Santa Catarina, comercializava serviços de "inteligência cibernética". As informações estão no pedido de prisão do delegado Fernando Caieron, apontado como um dos líderes do grupo, e de outras seis pessoas, entre elas o...
O grupo criminoso formado por delegados federais, policiais rodoviários e empresários que foi alvo da Operação Chabu, deflagrada na última terça-feira em Santa Catarina, comercializava serviços de "inteligência cibernética". As informações estão no pedido de prisão do delegado Fernando Caieron, apontado como um dos líderes do grupo, e de outras seis pessoas, entre elas o prefeito de Florianópolis Gean Loureiro (sem partido).
"Os elementos probatórios, indicam que os referidos sujeitos da investigação estabeleceram sociedade informal para venda de serviços e produtos de inteligência cibernética ainda não delimitado", afirma o delegado Daniel Carvalho Nascimento no pedido de prisão da Chabu.
No pedido pelas prisões dos alvos, a Polícia Federal cita a apreensão, com um delegado da Polícia Civil investigado como suspeito de integrar o grupo, de imagens que seriam "capturas de tela" do computador do delegado Márcio Anselmo (foto), um dos primeiros investigadores da Operação Lava Jato e atual coordenador-geral de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro da PF. Esse fato ainda está sob investigação, dizem os investigadores.
Conversas encontradas nos celulares dos investigados mostram a atuação do grupo na venda de informações sigilosas sobre inquéritos em andamentos, construção de 'salas seguras' feitas com equipamentos contrabandeados do Paraguai e atuação em disputa de licitações públicas em Santa Catarina.
A PF também investiga se o grupo tinha capacidade de ter acesso ao sigilo telemático - e-mails e mensagens via aplicativos - por meio do uso de softwares. Há suspeita de que um dos investigados usava um programa destinado a monitorar telas de computadores de terceiros.
"Destaca-se, neste ponto, a evidência material de quebra de sigilo telemático por parte dos envolvidos posto que conforme narrativa do delegado Fernando Caieron teria sido narrado a posse de e-mails trocados entre funcionários suspeitos das atividades criminosas”, diz trecho do pedido.
Na semana passada, Crusoé revelou que a PF investiga se os alvos da Operação Chabu têm relação com a invasão hacker a telefones celulares de autoridades da Lava Jato.
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Comentários (10)
Quiet
2019-06-24 18:56:07Observem que ou são concursados/e ou eleitos e empresários...ou seja, todos recebendo bem e em dia..curioso isso em um país de intensa pobreza. Isso denota pobreza, mas moral!!
Solange
2019-06-24 13:40:19neste caso é crime correto?
Krer
2019-06-24 13:23:09Entendi que as escutas das conversas da Lava Jato já estavam sendo feitas ao arrepio da lei desde a época do Teori vivo! Então sugiro que seja reaberta a investigação da morte dele. Será que alguém teve acesso as coisas do Teori na investigação da lava jato, deve ter outras pessoas além de hackers e jornalistas. Teori passou a ser mais perigoso para a quadrilha do que o próprio Moro na Lava Jato?
MARIO
2019-06-24 12:15:39Morando com o inimigo!!!!
VALTER
2019-06-24 10:57:44Acho que esta Revista deve ter maior circulação no país. O povo brasileiro precisa tomar conhecimento de fatos que outras publicações não o fazem
Jales
2019-06-24 10:29:58O velho ditado: "Todo homem tem seu preço". Uns mais, outros menos. Mas, o servico publico deste pais foi de fato ardilosamente todo aparelhado com o esquema de corrupção. O governo JB terá muita dificuldade de expelir esses parasitas. Talves apos a privatização, a arrumação das tidas Agencias e a purgação do STF, as coisas poderão começar a melhor fluir
Sergio Trump
2019-06-24 09:53:20Com certeza nesse grau de inteligência, têm serviço secreto de fora dando ajuda.
Roberto 21
2019-06-24 09:07:34Não me bateu o desespero (ainda) porque acredito (ainda) na PF e na Lava Jato. O Congresso e o STF trabalham para manter os brasileiros honestos no fundo do buraco. Nossa falência é a riqueza deles, que se banham no suco espremido de cada um de nós. Atuam livremente contra o Brasil porque ninguém os enfrenta (ainda...).
Jorge
2019-06-24 08:34:15Que Deus ilumine a todos nós, para sabermos discernir o joio do trigo, no momento da maior ação democrática: “eleição de nossos governantes e representantes”!
Lucia
2019-06-24 08:33:09A ganância não tem limites, há desonestidade por toda parte! Vergonhoso!