Os protestos contra a reforma judicial em Israel arrefeceram?
As manifestações contra a reforma judicial (foto) que o governo de Benjamin Netanyahu tenta aprovar em Israel, visando restringir os poderes da Suprema Corte, foram as maiores da história do país —mas parecem ter arrefecido depois de o Knesset (Parlamento) aprovar, no fim de julho, uma de suas partes mais polêmicas: aquela que elimina a...
As manifestações contra a reforma judicial (foto) que o governo de Benjamin Netanyahu tenta aprovar em Israel, visando restringir os poderes da Suprema Corte, foram as maiores da história do país —mas parecem ter arrefecido depois de o Knesset (Parlamento) aprovar, no fim de julho, uma de suas partes mais polêmicas: aquela que elimina a "cláusula de razoabilidade" e impede que o Supremo a invoque para derrubar decisões do Executivo.
"É da natureza que se enfraqueça, ou se fortaleça, uma manifestação que ocorre desde janeiro sem interrupção", afirmou Michel Gherman, professor da UFRJ e assessor do Instituto Brasil-Israel, em entrevista ao podcast Latitude veiculada no último sábado (5). Para ele, a recente derrota da oposição e o período das férias de verão em Israel podem ter influído na aparente diminuição da intensidade dos protestos; além disso, o Supremo israelense marcou apenas para o mês que vem a sessão em que pode cassar o trecho da reforma já aprovado pelo Knesset.
Gherman acredita que as manifestações devem retomar fôlego depois que a oposição a Netanyahu fizer uma "reconfiguração de rota". "Quem está impedindo que essa reforma avance de maneira mais rápida do que está avançando é a sociedade israelense", disse o professor. "Acho que a gente ainda vai ver muita água rolando nas ruas de Israel —e espero que seja só água", acrescentou ele.
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