O embolado palanque de Bolsonaro no Centro-Oeste
Embora tenha vencido em todos os estados do Centro-Oeste em 2018, Jair Bolsonaro (foto) corre o risco de perder a hegemonia na região na eleição presidencial de outubro. A menos de seis meses do pleito, Bolsonaro enfrenta divergências internas sobre a construção de chapas e sofre críticas por apostar em candidatos aos governos estaduais com...
Embora tenha vencido em todos os estados do Centro-Oeste em 2018, Jair Bolsonaro (foto) corre o risco de perder a hegemonia na região na eleição presidencial de outubro.
A menos de seis meses do pleito, Bolsonaro enfrenta divergências internas sobre a construção de chapas e sofre críticas por apostar em candidatos aos governos estaduais com pouca expressão política. Para piorar, recentes pesquisas mostram que Lula, pré-candidato do PT ao Planalto, já ultrapassou o atual presidente na região.
Seus aliados alertam que, em uma eleição tão polarizada, o ideal era que Bolsonaro obtivesse mais votos no Centro-Oeste do que em 2018 para compensar as perdas em outras regiões, como o Sudeste, onde estão os três maiores colégios eleitorais do país -- São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Atualmente, Bolsonaro só vence nas regiões Norte e Sul.
Estado com o maior número de eleitores do Centro-Oeste, Goiás ilustra bem os problemas que o presidente enfrenta na região. Contrariando os próprios articuladores de sua campanha, o presidente decidiu bancar a candidatura de Vitor Hugo ao governo local. Deputado de primeiro mandato, ele aparece nas pesquisas com apenas 2% das intenções de voto. Os protagonistas da disputa são o governador Ronaldo Caiado, da União Brasil, que busca a reeleição, e o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia Gustavo Mendanha, atualmente sem partido. "O Vitor Hugo é muito próximo de Bolsonaro. Prevaleceu a opinião dele. Mas, aparentemente, foi uma decisão para marcar a posição do bolsonarismo, não para vencer a disputa", diz um aliado, sob reserva.
No Mato Grosso, lideranças do PL ainda insistem para que o senador Wellington Fagundes concorra ao governo, embora o correligionário de Bolsonaro já tenha avisado que prefere concorrer à reeleição. Se o plano inicial do PL não der certo, aliados do presidente vão trabalhar para que o atual governador Mauro Mendes, da União Brasil, abra palanque para Bolsonaro. Mendes é candidato a um novo mandato. A questão é que existem arestas a serem aparadas antes de a aliança ser fechada. "O Mauro Mendes estava no time daqueles outros governadores do Fórum de Governadores, como Ronaldo Caiado, que assinaram cartas criticando reiteradamente Bolsonaro", lembra um deputado da base aliada.
Já no Mato Grosso do Sul, Bolsonaro designou a tarefa de costurar seu palanque à ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina. Ela tenta um acordo com Eduardo Riedel, pré-candidato ao governo. O problema é que ele concorrerá pelo PSDB, partido que planeja ter candidatura própria ao Planalto, seja do ex-governador de São Paulo João Doria, seja do ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite.
No Distrito Federal, o candidato à reeleição, Ibaneis Rocha, é próximo de Bolsonaro, mas pode abrir palanque também a Simone Tebet, caso ela concorra à Presidência pelo seu partido, o MDB. O próprio Ibaneis admitiu essa possibilidade em uma entrevista recente.
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Comentários (4)
William
2022-04-11 23:37:59Parabéns, vocês conseguiram. Já pôdem fazer campanha pro Lula. HIPÓCRITAS
Heraldo Marques Figueiredo
2022-04-11 07:39:44Nessa foto parece que o cap Clorô está com constipação intestinal e forçando para soltar um flato.
Nyco
2022-04-10 20:14:34"Para piorar, recentes pesquisas mostram que Lula pré-candidato do PT ao planalto, já ultrapassou o atual presidente na região". ___ Quer dizer então que cachaceiro ladrão lidera justamente na região onde ele mais incentiva invasões? __ Depois dessa Viriatada, permitam-me ir morrer de rir ali e já volto,... kkkkk! __ Minhas pesquisas são mais fidedignas, na região Centro-Oeste, Bolsonaro lidera com 66% das intenções de voto, contra os exabundantes 15,8% do ex-detento cachaceiro e ladrão.
Maria
2022-04-10 16:49:59votei no Bolsonaro em 2018, errei.Ele fez exatamente o contrário das promessas de campanha.Se dizia honesto ,mas a verdade é que é tão corrupto quanto Luladrao ou mais porque tem uma família que é uma verdadeira máfia. não adianta ter palanques amigos porque vai perder feio. não adianta comprar votos. todas as pessoas que recebem auxílio Brasil. e vale gaz, não vão votar nele