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    Gabriel Boric toma posse no Chile: radical ou moderado?

    Gabriel Boric (foto) tomará posse como presidente do Chile nesta sexta, 11, com pouco mais de 36 anos. A cerimônia será no Congresso do país, na cidade de Valparaíso, e contará com a presença do vice brasileiro Hamilton Mourão, uma vez que o presidente Jair Bolsonaro se recusou a ir. Boric é um político que...

    Redação Crusoé
    6 minutos de leitura 11.03.2022 08:18 comentários 0
    Gabriel Boric Chile
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    Gabriel Boric (foto) tomará posse como presidente do Chile nesta sexta, 11, com pouco mais de 36 anos. A cerimônia será no Congresso do país, na cidade de Valparaíso, e contará com a presença do vice brasileiro Hamilton Mourão, uma vez que o presidente Jair Bolsonaro se recusou a ir.

    Boric é um político que vem de uma lavra nova. Por ter surgido no movimento estudantil, não compartilha algumas características da velha esquerda sindicalista da América Latina, como o antiamericanismo doentio e a proximidade com as ditaduras bolivarianas. Na esfera social, empunha bandeiras progressistas, como o feminismo, o respeito a pessoas LGBT e a defesa do meio ambiente. A dúvida que ainda paira sobre seu futuro governo é quanto ao compromisso com as instituições democráticas. A esperança é que Boric não repita os erros de um de seus heróis, Salvador Allende, que, após mergulhar o país numa crise política e econômica, foi deposto por um golpe militar sangrento (a neta de Allende será a próxima ministra da Defesa).

    A carreira política de Boric tem pouco mais de uma década. Em 2011, ainda aluno de Direito na Universidade do Chile, ele integrava o grupo marxista Esquerda Autônoma. Nesse ano, ganhou fama fazendo protestos contra o governo. O objetivo do grupo era fortalecer a autonomia política das classes subalternas, apesar de Boric ser filho de um engenheiro da companhia de petróleo e ter estudado em escolas de elite na região de Magallanes, ao sul do país.

    Mais tarde, o líder estudantil foi eleito duas vezes deputado, em 2013 e 2017, até entrar na campanha presidencial, em 2021. Sua estratégia então foi buscar os votos dos eleitores mais ao extremo. Seu programa de governo incluía refundar o Chile, rever os acordos de livre comércio, acabar com os planos de previdência privados, proibir os lucros nas escolas e cobrar imposto sobre fortunas. Entre os grupos que o apoiaram estava o Partido Comunista, que tem boas relações com o ditador venezuelano Nicolás Maduro.

    Moderação para abarcar toda a esquerda

    Ao passar para o segundo turno, Boric buscou aglutinar todas as forças de esquerda para ganhar de José Antonio Kast, de extrema-direita. Com apoio do Partido Socialista e da Democracia Cristã, ambos de centro-esquerda, ele venceu o pleito com 56% dos votos. Tornou-se, com isso, um representante de toda a esquerda, incluindo os extremos e os setores mais moderados.

    "Em seu caminho até a presidência, Boric foi se distanciando das posturas mais radicais e assumindo um tom moderado, mas sempre sem sair da esquerda", diz o cientista político Jorge Fábrega, professor da Universidade do Desenvolvimento, no Chile. "Boric já demonstrou que é uma pessoa que se move com facilidade por todo o âmbito da esquerda e que não tem problemas em mudar por pragmatismo."

    Ao montar seu gabinete, o novo presidente chileno convocou gente da centro-esquerda e da extrema-esquerda. Para cargos-chave, chamou nomes com experiência. O Ministério da Fazenda será comandado por Mario Maciel, que foi chefe do Banco Central. Maciel tem falado em respeitar a responsabilidade fiscal, ao mesmo tempo que discursa contra a desigualdade. O Ministério de Relações Exteriores será ocupado pela advogada Antonia Urrejola, que foi presidente da Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Antonia tem dado várias declarações nas redes sociais a favor das mulheres que criticam a ditadura de Daniel Ortega na Nicarágua — vale lembrar que o próprio Boric, nas redes sociais, já criticou o ditador venezuelano Nicolás Maduro por não respeitar os direitos humanos e foi contra a invasão russa da Ucrânia.

    Mas o novo presidente também colocou dois jovens que estiveram com ele no movimento estudantil em dois postos de prestígio. Giorgio Jackson será o secretário-geral da Presidência e fará a ponte com o Poder Legislativo. Já Camila Vallejo é do Partido Comunista e será a porta-voz da Presidência. Se os dois ganharem peso demais, poderão inclinar a balança do governo para o lado do radicalismo. Outra alternativa é que, seguindo Boric, acabem suavizando o tom.

    "Boric, Vallejo e Jackson são um trio de políticos que vêm do movimento social. Por terem conquistado cargos de legisladores, a experiência deles até agora é de mobilizar as demandas sociais e em tramitar projetos no Congresso. A entrada no governo deverá forçá-los a diminuir as expectativas, da pretensão utópica à realidade concreta", diz o cientista político Carlos Meléndez, da Universidade Diego Portales.

    Constituição e disputa interna

    Para entender como essas forças irão se desenvolver ao longo do primeiro ano de mandato, será preciso observar dois pontos. O primeiro é como o novo governo, uma mistura heterogênea de vários tipos de esquerda, irá contentar as alas mais radicais, que querem mudanças drásticas. "Essa tensão deverá ser um desafio desde o primeiro dia de governo, e poderá aumentar se ocorrerem muitas reclamações por causa da crise ou do desemprego", diz Fábrega.

    Mas o ponto fundamental para prever aonde irá Boric será o que estará no texto da nova Constituição do Chile, e se ela será aprovada ou não em um referendo marcado para o segundo semestre. O esboço provisório fala em um estado plurinacional, assim como existe na Bolívia, e em justiça indígena. Há ainda debates sobre abolir o Senado, acabar com a separação de poderes e nacionalizar a mineração.

    "Jackson e Camila Vallejo provavelmente apoiariam mudanças mais radicais na Constituição. Mario Maciel e Antonia Urrejola certamente gostariam de mais moderação. Então, o texto final da Constituição e sua aprovação ou não em um referendo definirá qual dos grupos terá mais força no governo de Boric e, portanto, qual será o destino do país", diz Fábrega.

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