Augusto Aras fala em 'garantir a palavra livre' e 'educar os ouvidos' a diferenças
Augusto Aras (foto) defendeu nesta terça-feira, 1º, a garantia da "palavra livre" e a "educação dos ouvidos a diferenças de opinião" no ano eleitoral. O procurador-geral da República acrescentou "acreditar" que o resultado das urnas será "respeitado", independentemente dos candidatos escolhidos pelo voto popular. "O MPF, ao lado do Judiciário, fará, faz e tem feito a sua parte...
Augusto Aras (foto) defendeu nesta terça-feira, 1º, a garantia da "palavra livre" e a "educação dos ouvidos a diferenças de opinião" no ano eleitoral. O procurador-geral da República acrescentou "acreditar" que o resultado das urnas será "respeitado", independentemente dos candidatos escolhidos pelo voto popular.
"O MPF, ao lado do Judiciário, fará, faz e tem feito a sua parte para que o povo livremente outorgue poder de representação àqueles que melhor atendam seus anseios, necessidades e valores", disse, durante a cerimônia de Abertura do Ano Judiciário, no Supremo Tribunal Federal.
Aras argumentou que o desenvolvimento ocorre a partir da "integração e do diálogo permanente" de toda a sociedade, para a construção de consensos e de uma democracia substancial, e, não, por meio da "asfixia da pluralidade por obra" ou "de autoritarismo de qualquer natureza ou origem".
"O caminho iliberal e não democrático, oposto ao da Constituição da República, seria o da restrição e negação de direitos fundamentais por conta do teor alegadamente nocivo das ideias expostas por quem, em consequência do que diz, eventualmente sofra capitis de diminutio (perda de autoridade)", completou.
O PGR, porém, frisou que as instituições devem "repudiar veementemente o discurso de ódio". "Temos uma nação com espírito já dito caloroso, que tem garantido na Lei Maior o pluralismo, seu multiculturalismo, seus distintos sotaques. É preciso dizer que o discurso de ódio deve ser rejeitado com a deflagração permanente de campanhas de respeito à diversidade, para que a tolerância gere paz e afaste a violência do cotidiano".
Antes do discurso do procurador-geral da República, o presidente do STF, Luiz Fux, fez um apelo para que o ano eleitoral seja marcado pela "estabilidade" e "tolerância" e declarou que não existe mais espaço "para ações contra o regime democrático e violência contra as instituições públicas".
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (6)
Bernard Stilianidi Filho
2022-02-01 18:46:42""Acreditar" que o resultado das urnas será respeitado". Que frase infeliz de um Procurador Geral da República.
PAULO
2022-02-01 18:32:45O gênio saiu da garrafa na eleição do Lula, cujo mote foi o NÓS CONTRA ELES. Bolsonaro apenas reverberou com uma intensidade e desfaçatez maior. E às instituições se calaram a isso. Fux e Augusto Aras, que é um capacho do Bolsonaro, agora vem com esta conversa de bêbado. O Brasil, pelas inócuas instituições que tem, parte delas cooptadas, está deixado à própria sorte. STF E PGR não servem ao contribuinte. São serviçais dos seus donos. MORO PRESIDENTE 🇧🇷
Antonio
2022-02-01 16:15:36Vocês dão algum valor no que augusto aras fala ? Sou assinante da Crusoé a muito tempo e gosto da revista , mas dar voz a este capacho do bolsonaro é uma baita perda de tempo .
Gildo
2022-02-01 14:29:23Procuradorzinho mequetrefe e amigo dos facínoras.
Leandro
2022-02-01 13:25:44Aras tá meio mudado depois q perdeu a vaga no STF, mas está certo. Tem q estar aberto pra ouvir e respeitar quem pensa diferente. Pra um bolsonarista, e’ um baita avanço. Vai acabar votando em MORO22
Jose
2022-02-01 12:26:16Uma coisa é o discurso do ódio. Outra coisa é o discurso da justiça. Está na hora de fazer justiça e colocar os bozistas na cadeia pela morte de mais de 600 mil pessoas indefesas. Foi um verdadeiro ato terrorista contra a população brasileira. Basta ler os arquivos desta revista a partir de janeiro de 2020 para recordar as barbaridades que foram feitas em nome de uma ideologia decrépita. Bozistas são criminosos. Cadeia já!