Para desempatar eleição no Chile, candidatos terão de ir além de suas bolhas
A última pesquisa feita pelo instituto Cadem para o segundo turno no Chile, dia 19 de dezembro, deu empate. Ambos candidatos, José Antonio Kast, de direita, e Gabriel Boric (foto), de esquerda, estão com 39%. Como o voto é facultativo no país, os dois terão de se esforçar bastante nas próximas três semanas para motivar...
A última pesquisa feita pelo instituto Cadem para o segundo turno no Chile, dia 19 de dezembro, deu empate. Ambos candidatos, José Antonio Kast, de direita, e Gabriel Boric (foto), de esquerda, estão com 39%.
Como o voto é facultativo no país, os dois terão de se esforçar bastante nas próximas três semanas para motivar seus apoiadores a sair de casa para votar. Mais do que isso, eles também precisarão atrair novos eleitores.
Kast, que tem tentado se mostrar como o candidato de todos os espectros da direita, apresentou uma equipe econômica com membros de partidos mais ao centro. Boric, por sua vez, tem conversado com o Partido Socialista, de Michele Bachelet, e com a Democracia Cristã, da esquerda mais moderada.
Só jogar em seu respectivo campo — direita ou esquerda — pode não ser suficiente. "Os dois precisarão disputar os votos de Franco Parisi, um candidato que critica os partidos políticos, tanto de direita quanto de esquerda. Seus seguidores são muito heterogêneos e não se orientam pelo eixo tradicional de esquerda e direita", diz o historiador chileno Raúl Burgos Pinto, da Pontifícia Universidade Católica de Valparaíso. "Essa será a grande incógnita do segundo turno. Parisi é um fenômeno novo. Será difícil traçar uma estratégia de campanha para atrair seus eleitores em um tempo tão curto."
Parisi, que disputou o primeiro turno remotamente, do estado americano do Alabama, ficou em terceiro lugar no primeiro turno, com 12,8% dos votos. Seu Partido do Povo (Partido de la Gente, em espanhol) é o segundo com mais filiados no Chile, atrás apenas do Partido Socialista.
"Ao fazer críticas sobre como os políticos usam o dinheiro público, o Partido do Povo, de Parisi, poderia coincidir com o programa de Kast, que ataca operadores políticos no estado e reclama da interferência do sistema na vida social. Boric, por sua vez, teria de desenhar uma estratégia mais complexa para se aproximar desses eleitores, talvez tentando fazer alianças com líderes regionais dessa agremiação", diz Burgos.
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Comentários (6)
MARCIO
2021-11-29 11:25:24Não tem jeito, a América Latina vai cair nas mãos da esquerda pra sempre agora
Globolixo
2021-11-29 09:10:43Vai dar bolso.22 no Chile! Afinal o chileno e mais capacitado q o povinho brasileiro!
Celso
2021-11-29 03:02:33O Chile não aprendeu e pagará caro por eleger a esquerda
Ferreira
2021-11-28 09:26:41Enquanto o mundo for a prática dos mentecaptos dominantes, a massa ignara continuará constituindo-se em terreno fértil para a multiplicação de teses falaciosas, tais como: você é capitalista ou comunista; Hermes, o condutor e intérprete de almas, deus do mercado, dos rebanhos, e dos ladrões, com suas liras e flautas de pã nos manterá em harmonia, com seu clone, Mercúrio, volátil e errático, veloz e “mercurial”, mudando tudo a cada eleição binária? Altíssimo, nos poupe! Mande Luz!
Amaury Feitosa
2021-11-28 08:52:32o Chile terá a prévia do que pode ocorrer no Brasil ano que vem . ou o povo derrota de vez o anarco-comunazismo assassino ou o país hoje o mas equilibrado (tem a maior renda per capita e ISH) da América LatRina iniciará sua venezuelização da mesma forma que NÓS isto SE a guerra revolucionaria em claro curso não for contida . o Brasil não será levado ao caos de forma pacífica e sangue jorrará fatalmente algo que a lei e os cidadãos de bem ainda podem evitar . dias negros virão podem esperar.
MARCOAB
2021-11-27 20:11:07Boa viagem às alas da esquerda e à bolsonarista do psdb. Espero que estejam fazendo as malas: Alckmin, Aníbal, Goldman, etc. Que o partido se purifique e apóie o dr Sérgio Moro nas próximas eleições.