Cabral relata achaques e tratos com juízes
O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral Filho (foto) contou em seu depoimento ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, que foi "achacado" por políticos e teve de aceitar "tratos" com ministros do Superior Tribunal de Justiça e do Tribunal de Contas da União. Os fatos teriam ocorrido em 2012, quando fotos...
O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral Filho (foto) contou em seu depoimento ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, que foi "achacado" por políticos e teve de aceitar "tratos" com ministros do Superior Tribunal de Justiça e do Tribunal de Contas da União.
Os fatos teriam ocorrido em 2012, quando fotos de Cabral e seu séquito numa festa em Paris foram o estopim do escândalo da "farra dos guardanapos", mas o ex-governador não fez uma relação com o fato, em seu depoimento.
Ele contou, no entanto, que a partir de 2012 "o dinheiro deixa de ir para o exterior e passa a ser usado aqui". Cabral acrescentou que "teve de atender presidente da República para beneficiar certas pessoas".
Nesse ponto do depoimento, o ex-governador não deu nomes. Mas ele voltou a afirmar o que já tinha contado ao Ministério Público Federal: atuou a favor da nomeação do ministro do STJ Marco Aurélio Bellizze por pressão "e até ameça" de seu ex-secretário Régis Fichtner.
Fichtner é cunhado de Bellizze. Ele estava preso mas foi libertado nesta semana por um habeas corpus da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal. Cabral contou que a indicação contrariou a mulher, Adriana Ancelmo. Ela queria indicar o sócio Rodrigo Cândido de Oliveira para a corte.
"Liguei para a presidente Dilma (Rousseff), ela disse que estava até com o papel na mesa dela para assinar", afirmou o ex-governador, referindo-se à possível nomeação de Oliveira. "Tive de fazer esse papelão de barrar o sócio da minha mulher para atender o Régis", reclamou.
Cabral também relatou uma doação de 3 milhões de reais em 2014 ao candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, paga por meio do empresário José Carlos Lavouras e a OAS, por meio de caixa dois.
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Comentários (10)
AURELIO
2019-04-08 10:12:54E agora, Crusoé, vai dizer que o Presidente Bolsonaro está dando canelada? Ele pode não ser um poço de formalismo e oralidade, pode não ser o governo dos sonhos (Ainda), mas nunca será o governo dos pesadelos, atolado em imundice, como os anteriores...
Francisco
2019-04-08 09:53:03politicos indicando pessoas no alto escalão da justiça, so podia dar em corrupção, tem que acabar com isso
Igor
2019-04-06 18:27:19Se ele entregasse todos, deveria ser agraciado com perdão total de seus crimes!
Roberto
2019-04-06 12:48:31O sistema de indicação de juízes da alta corte precisa ser modificado A escolha deve ser por colegiado e por mérito Se poderosos indicam o indicado com raríssimas exceções iriam votar contra o indicado Nem no Reino da Dinamarca
Bruno
2019-04-06 09:45:59A faxina no Judiciário precisa ser urgente. Só tem indicados por bandidos a serviço de um ORCRIM poderosa que dominou o País. Cabral só não está solto, porque ele mesmo sabe que na cadeia está mais seguro.
Jacob
2019-04-06 08:50:09Cabral poderia realmente fazer um delação total e não seletiva..deixar a casa cair
Marco
2019-04-05 23:48:32Não se pode duvidar de qualquer coisa vinda de Cabral. Mas ele tem um indiscutível comportamento mitômano.
Jose
2019-04-05 20:58:41Esse já era Chama o Eduardo Paes Segundo ele o sítio se Atibaia é uma merda, e q Lula deveria se colocar à altura.
João Carlos
2019-04-05 19:48:52Canta canário da espécie "corruptus".
Anarquista
2019-04-05 19:23:23Alem de achacado, daqui ha pouco vai relatar maus tratos na gerencia da propina