Saúde cria agência com 'Capitã Cloroquina', 112 cargos e salários de até R$ 35 mil
O Ministério da Saúde criou uma entidade autônoma, que não se submete à Lei de Licitações ou às regras de transparência do serviço público, para gerir o Programa Médicos pelo Brasil e desenvolver políticas de atenção básica. A recém-criada Agência para Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde vai receber pelo menos 1,2 bilhão de reais...
O Ministério da Saúde criou uma entidade autônoma, que não se submete à Lei de Licitações ou às regras de transparência do serviço público, para gerir o Programa Médicos pelo Brasil e desenvolver políticas de atenção básica.
A recém-criada Agência para Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde vai receber pelo menos 1,2 bilhão de reais nos próximos dez meses e terá 112 cargos de livre provimento, ou seja, que podem ser preenchidos por indicações políticas, com salários de até 35 mil reais.
Conhecida como Capitã Cloroquina e alvo da CPI da Covid, a médica Mayra Pinheiro foi escolhida como número dois do conselho deliberativo da agência. A Adaps, como já é chamada a agência, será presidida pelo administrador Alexandre Pozza Urnau Silva, funcionário do Ministério da Saúde.
A lei que criou a Agência para Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde é do ano passado, mas o Ministério da Saúde só tirou a entidade do papel no mês passado, com a publicação de resoluções que definiram seu estatuto e a estrutura dos cargos em comissão e de confiança, com as respectivas remunerações. O contrato de gestão com o Ministério da Saúde tem validade de três anos.
Dos 112 cargos previstos para a nova agência, 97 têm salários acima de 8 mil reais. Há também previsão de distribuição de outras 30 "gratificações de liderança" no valor de 6 mil reais mensais. Os cargos servirão de atrativo para aliados do governo. É que pelo menos 80% dessas vagas, conforme previsto em contrato, devem ser preenchidas no primeiro ano de funcionamento, ou seja, antes das eleições de 2022.
Com o início da operação da agência, o plano do governo é abrir o primeiro edital ainda em dezembro deste ano, para contratar pelo menos 5 mil médicos. Para essa seleção, os candidatos deverão ter registro no Conselho Regional de Medicina. Isso significa que médicos formados no exterior que não revalidaram o diploma, como os cubanos, não poderão participar da disputa.
Em nota, a secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, afirmou que foi designada pelo ministro Marcelo Queiroga para compor o conselho como uma das seis representantes da pasta no colegiado. Afirmou ainda que os conselheiros da agência não são remunerados. "Tarefas com essa natureza devem ser desempenhadas por pessoas abnegadas".
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Comentários (10)
Ana Galdino dos Santos
2021-11-15 08:05:20sem se submeter às regras de licitação e de transparência, o programa causa espanto e desconfiança.
Eduardo
2021-11-13 19:50:34Trata-se de uma empresa que copia o golpe do Mais Medicos aplicado para reeleger Dilma. Bolsonaro é apaixonado pelo Pt. Não aa toa foi lulista na infância politica. Entregou essa tal agência a uma fanática já provada incompetente.
Humberto
2021-11-13 18:11:38O problema, que está imbecil acreditava nestes remédios sem eficácia, kit COVID , mataram um monte de gente e não reconhece,por que agora vai ser acusado de Assassinato, igual ao Bozogenocida, vai até o fim negando,está gente vai tudo parar na cadeia !!!!
Francisco
2021-11-13 16:59:17A médica Mayra Pinheiro, além de competentíssima, é honesta e ética em tudo que faz. Portanto, vai continuar ensinando boas práticas de administração pública da saúde. BOLSONARO 2022, para o Brasil continuar crescendo.
[email protected]
2021-11-13 16:25:57Mais uma instância criada para desviar dinheiro público para encher os bolsos de burocratas espúrios. Para os necessitados pouco sobrará.
MARCOS
2021-11-13 15:22:30BOLSONARO É UMA DECEPÇÃO. MORO EM 2022.
FRANCISCO AMAURY GONÇALVES FEITOSA
2021-11-13 14:54:28jorNAZISMO cínico criminoso e covarde contra uma mulher que não merece isto . estes canalhas não gostam da fruta? deem-se ao respeito vagabundos.
Amaury
2021-11-13 14:49:31o slogan "mais Brasil, menos Brasília" se tornou " mais Brasília, que se dane o Brasil" (que infelizmente paga a conta desse populismo de compadres).
VALDIR MARTINS DA SILVA
2021-11-13 14:37:00Eu não sou bolsonaristas, mas alguém vai me dizer que um médico em algum lugar do mundo pode exercer a medicina sem fazer uma prova para testar seus conhecimentos.
Odete6
2021-11-13 13:37:33Isso não é """apenas""" uma """entidade autônoma""".... isso é na verdade uma desavergonhada e criminosa excrescência que atuará contra o erário!!! Onde já se viu um serviço público que não se submete à transparência e às regras de licitação???!!! Estão limpando os cofres antes de dar o fora, tal qual a marginalha petralha!!!!