O encontro entre o presidente da Colômbia e Bolsonaro: baixa aprovação e política externa errante
O presidente da Colômbia, Iván Duque (foto), tem um encontro com o presidente Jair Bolsonaro nesta terça, 19, no Palácio do Planalto. Na reunião, devem ser assinados ao menos sete acordos bilaterais em áreas como água e saneamento, investimentos aéreos, segurança e agricultura. Há diversas semelhanças entre os dois mandatários. Para começar, a aprovação dos dois...
O presidente da Colômbia, Iván Duque (foto), tem um encontro com o presidente Jair Bolsonaro nesta terça, 19, no Palácio do Planalto. Na reunião, devem ser assinados ao menos sete acordos bilaterais em áreas como água e saneamento, investimentos aéreos, segurança e agricultura.
Há diversas semelhanças entre os dois mandatários. Para começar, a aprovação dos dois é parecida. Duque tem 20% e Bolsonaro, 22%, segundo Datafolha e Ipec.
Os dois também devem deixar o posto no ano que vem. Duque é proibido de tentar uma reeleição pela Constituição do seu país. Sua alta rejeição fez com que, pela primeira vez na história da Colômbia, dois candidatos de esquerda tenham boas chances de ir para o segundo turno nas eleições de maio e junho de 2022. O ex-guerrilheiro Gustavo Petro, o rival que Duque derrotou em 2018, aparece à frente em todas as pesquisas com cerca de 20% — mais de 10 pontos percentuais à frente do candidato mais próximo. No Brasil, Lula tem mais de 20 pontos de vantagem em relação a Bolsonaro num possível segundo turno.
Outro ponto em comum entre Duque e Bolsonaro é que ambos apostaram na tentativa de derrubar o ditador venezuelano Nicolás Maduro no início de 2019. Quem ocupava a Casa Branca era o republicano Donald Trump, apoiado pelos dois presidentes latino-americanos.
Como Maduro resistiu e Trump perdeu a reeleição, a política externa de Duque e de Bolsonaro perdeu força e rumo. "Um dos aspectos mais notórios do governo Iván Duque é o fracasso total de sua política externa. Ele fez apostas suicidas ao tentar derrubar Maduro, denotando ações baseadas mais na vontade do que em uma análise rigorosa do contexto regional", diz o sociólogo colombiano Ricardo Vargas Meza.
"Por isso, a visita de um presidente com um dos piores níveis de aprovação de seu mandato e faltando pouco tempo para o seu término é irrelevante. Duque não tinha linhas estratégicas sérias na região além de buscar conluio com os inimigos do regime venezuelano. Nisso, ele se perdeu. A foto com Bolsonaro nesta terça denota mais um abraço de perdedores com personalidades próximas do que chefes de governo com identidades políticas sérias", acrescentou.
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Comentários (8)
Ricardo
2021-10-19 16:51:14não e o que veja aqui na minha região! IDIOTAS! aqui é bolsonaro 1o turno
Nyco
2021-10-19 13:07:14Duda Teixeira ANTA, distribuindo grama para os MUARES doutrinados e abduzidos. Continuem acreditando em "datafoia/Ipec", continuem acreditando no ex-detento, continuem acreditando que o MITO não ganha de ninguém, porque isso só turbina a nossa mega-festa com a grande vitória já em primeiro turno.
Jose
2021-10-19 10:15:23Dois delinquentes se preparando para sair da presidência diretamente para a prisão. Aguardem!
CARLOS
2021-10-19 10:06:08Este encontro está mais para um abraço entre afogados. Parabéns ao Duda, autor desta matéria!
MARCIO
2021-10-19 09:42:56A direita apostou no populismo, se ferrou, agora a esquerda nunca mais sairá do poder por culpa deles.
THOMAS
2021-10-19 09:41:13Dois palhaços perdedores. Mesmo perfil de ditadores de republiqueta de bananas. Que vergonha tenho deste governo…
Amaury Feitosa
2021-10-19 08:22:21o jorNAZISMO enlouqueceu de vez . em sua insanidade vingativa acreditam até na "fôia" . haja desespero.
MARCELO VALENTE MOURA
2021-10-19 08:19:55Os tolos dizem que aprendem com os seus próprios erros; eu prefiro aprender com os erros dos outros.