Discípulo de Olavo dobra a aposta nas ruas
Um dos discípulos de Olavo de Carvalho no governo Bolsonaro, o assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Filipe Martins (na foto, com o chanceler Ernesto Araújo), mostrou na tarde desta sexta-feira, 22, que não se intimidou pelas críticas que a turma sofre. Martins disparou uma série de posts no Twitter em que...
Um dos discípulos de Olavo de Carvalho no governo Bolsonaro, o assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Filipe Martins (na foto, com o chanceler Ernesto Araújo), mostrou na tarde desta sexta-feira, 22, que não se intimidou pelas críticas que a turma sofre. Martins disparou uma série de posts no Twitter em que reforça a orientação já dada pelo seu guru nas mídias sociais: o presidente tem de se aproximar mais do povo e se afastar da política tradicional.
As teses de Martins valem inclusive para o governo aprovar a reforma da Previdência. Elas foram defendidas num dia em que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse que abandonará a articulação política a favor da proposta. A favor, Maia continua sendo, mas quem tem de arrumar os votos para passar a reforma é o governo, avisou o deputado.
"Há uma flagrante tentativa de isolar a ala anti-establishment do governo Bolsonaro, lançando sobre ela uma série de adjetivações maliciosas e de acusações infundadas", queixa-se Martins, em tom de quem enxerga conspirações. "Fazem isso porque sabem que essa é a maneira mais eficaz de quebrar a mobilização popular que tornou possível a vitória de um candidato outsider — sem alianças com os donos do poder e sem recursos além de uma multidão de apoiadores — e que é capaz de fazer prosperar o seu governo".
Em seguida, o assessor afirma que as principais propostas do governo "representam desafios claros e frontais ao poder estabelecido, às oligarquias dominantes, ao sistema de privilégios e ao sindicato do crime". Por isso, de acordo com ele, "tentam vender para a equipe econômica a ilusão de que é possível romper com o sistema patrimonialista que existe há 500 anos, desde as Capitanias Hereditárias, por meio da cooperação ativa com os oligarcas e sem romper com a forma convencional de fazer política no Brasil".
Para Martins, "a única forma da equipe econômica conseguir o que quer, e refundar a economia brasileira em bases liberais, é recorrendo à enorme mobilização popular". O discípulo de Olavo encerra dizendo que "é necessário, em suma, mostrar que o povo manda no país".
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Comentários (10)
José
2019-03-25 09:05:29A “Voz das Ruas” elegeu Chavez, Maduro e o arroz-de-festa Hitler. Democracia direta necessita ser interpretada por algum oráculo, ungido pela absoluta sapiência (quem vai ungi-lo? Olavo?). É o mais rápido caminho para a ditadura. Coincidentemente a esquerda sempre cita a tal da “Vontade Geral” de Rousseau (interpretada pelo partido comunista) para perpetrar toda sorte de atrocidade. Meu voto em Bolsonaro foi para que nos livrasse do pt e não para implantar o obscurantismo pré-iluminista.
Flavio
2019-03-25 00:34:32Excelente muito bem dito
Roberto
2019-03-24 17:38:42Eu ainda não entendi a raiva destes pupilos do Olavo. Se eles querem fazer política antiestablishment, não deveriam comemorar o fato de que Maia está aguardando eles darem os votos ao governo? O caminho está aberto pro antiestablishment se relacionar a sua maneira com o Congresso...
Drusius
2019-03-24 14:54:48"Vox populii vox Dei" - A era JB será a mudança geral.
Marcos / Mc77
2019-03-24 11:50:48Se um dia inventarem um Concurso Nacional de Besteirol Sofisticado, Filipe será um forte candidato ao título.
Gilberto
2019-03-24 09:28:59Muito boa a fala do assessor
Lucia
2019-03-23 22:46:20O rapaz disse alguma mentira, algum absurdo? Pergunte a qualquer cidadão comum - honesto e pagador dos absurdos impostos - e ele irá concordar com tudo o que Martins falou.
Renato
2019-03-23 20:42:41o garoto tem razão. as vozes das ruas são o fundamento da democracia.
JOSHUA
2019-03-23 17:07:34Jose, a crise já está contratada,somente resta acertar a data do delivery. O descarrilhamento ocorrido nesta semana mostra que aquilo que já vinha ruim tornou-se péssimo. Veja a declaração do Marinho, o secretário da reforma da Previdência; tudo parou e deu marcha-à-ré. Pergunto a você: pelo andar da carruagem até agora, qual a sua expectativa sobre ela para os muitos quilômetros à frente...
Jose
2019-03-23 16:31:28Alguém pode me dar um exemplo na história recente do mundo moderno onde a população foi para as ruas para apoiar uma lei que corta benefícios de grande parte da população enquanto mantém os benefícios para uma minoria?