Bolsonaristas criticam imprensa e atacam STF em ato na Paulista

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro está a caminho da Avenida Paulista após participar da manifestação em Brasília, lideranças bolsonaristas criticam a imprensa, atacam o Supremo Tribunal Federal e enaltecem políticos aliados que foram presos em seus discursos em São Paulo.

O alvo preferencial é o ministro Alexandre de Moraes, que ordenou as prisões do deputado Daniel Silveira e do ex-deputado Roberto Jefferson, e comanda os inquéritos dos atos antidemocráticos e das fake news, que miram a militância bolsonarista.

"Senhor Alexandre de Moraes, eu não tenho medo de você. E se tem alguém aqui no Brasil que está agindo de forma arbitrária, inconstitucionalmente, fora das quatro linhas da Constituição, essa pessoa tem nome e tem cargo: ministro Alexandre de Moraes", afirmou a deputada Carla Zambelli.

Mais cedo, lideranças evangélicas como o pastor Silas Malafaia, o deputado Marco Feliciano e o ex-senador Magno Malta, centraram suas críticas na mídia, especialmente na TV Globo. O trio ironizou o noticiário que classifica a manifestação que defende a destituição dos ministros do STF de antidemocrática.

Também sobraram críticas ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e ao governador paulista João Doria, dois possíveis adversários de Bolsonaro nas eleições do ano que vem. Pacheco foi acusado de agir como o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e "travar as pautas que interessam ao Brasil". Já Doria foi hostilizado por causa das ações de isolamento social adotadas na pandemia.

O esquema de segurança na Avenida Paulista foi reforçado a pedido do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. Grades e tapumes isolaram o caminhão de som reservado a Bolsonaro. Os organizadores providenciaram uma cabine blindada a pedido do GSI. Houve um pequeno tumulto entre os apoiadores que queriam se aproximar das grades e algumas pessoas passaram mal no meio da aglomeração e sob calor de quase 30 graus.