Max omite lobby junto a funcionária nomeada por Barros para favorecer Covaxin
Em depoimento à CPI da Covid nesta quinta-feira, 19, Francisco Maximiano (foto) omitiu de parlamentares que pediu ao Ministério da Saúde mudanças em uma medida provisória editada em janeiro por Jair Bolsonaro para agilizar a aprovação da Covaxin para uso no Brasil junto à Anvisa. Como revelou Crusoé, o presidente da Precisa Medicamentos procurou, no...
Em depoimento à CPI da Covid nesta quinta-feira, 19, Francisco Maximiano (foto) omitiu de parlamentares que pediu ao Ministério da Saúde mudanças em uma medida provisória editada em janeiro por Jair Bolsonaro para agilizar a aprovação da Covaxin para uso no Brasil junto à Anvisa.
Como revelou Crusoé, o presidente da Precisa Medicamentos procurou, no dia 12 de janeiro, a diretora de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Camile Sachetti, funcionária nomeada para o cargo na gestão de Ricardo Barros enquanto ministro, no governo de Michel Temer. O "poderoso Max" pediu ao governo que a agência sanitária da Índia – que validou a Covaxin – fosse incluída no rol de autoridades estrangeiras que poderiam acelerar a aprovação de vacinas no Brasil.
O pedido não foi atendido pelo Ministério da Saúde, mas a demanda foi resolvida por meio de uma emenda do deputado Ricardo Barros, líder do governo na Câmara, para modificar o texto encaminhado pelo Executivo ao Congresso, atendendo exatamente ao pedido feito por Maximiano em janeiro. A emenda foi apresentada duas semanas depois da reunião entre Maximiano e Camile Sachetti.
"Não houve absolutamente nenhum contato com o Deputado Ricardo Barros, tampouco com outro pra se fazer essa inclusão", disse Maximiano à CPI da Covid, em uma das raras perguntas que ele topou responder. O empresário, que ficou em silêncio durante a maior parte das perguntas, não assumiu o compromisso de dizer a verdade à comissão de inquérito.
Quando pressionado pelo relator da CPI, Renan Calheiros, Maximiano admitiu que a emenda de Ricardo Barros era do interesse da Precisa Medicamentos. O executivo invocou o direito a permanecer em silêncio quando perguntado sobre a relação da empresa com o deputado do Progressistas do Paraná.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (3)
Celso
2021-08-19 18:52:29Este João deve ser um infiltrado pelo Gabinete do Carlucho para levar informações para a matilha, ou será um nefelibata ( vá ao Aurélio j-e-g)
Edmundo
2021-08-19 16:07:17Pergunto a CRUSOÉ porque não faz investigação do Butantã vendendo a dez dólares e Consórcio vendeu a mesma vacina a seis dólares, conforme denúncia do Senador Marcos Rogério na CPI?Que revista esta não investiga nada!
Dalton
2021-08-19 14:38:14O silêncio diz tudo…. Que canalhas.