A um dia do prazo final, Bolsonaro não havia decidido sobre vacinas da OMS; veja vídeo
Jair Bolsonaro arrastou sua decisão sobre a entrada do Brasil no consórcio de vacinas Covax Facility, liderado pela OMS, até as últimas horas do prazo dado pela iniciativa formada em Genebra, na Suíça. Gravações do Planalto obtidas por Crusoé com exclusividade mostram que, na noite do dia 17 de setembro de 2020, um dia antes da data...
Jair Bolsonaro arrastou sua decisão sobre a entrada do Brasil no consórcio de vacinas Covax Facility, liderado pela OMS, até as últimas horas do prazo dado pela iniciativa formada em Genebra, na Suíça. Gravações do Planalto obtidas por Crusoé com exclusividade mostram que, na noite do dia 17 de setembro de 2020, um dia antes da data limite, técnicos do governo ainda aguardavam o sinal verde da Presidência.
"A gente tem um prazo até amanhã para realizar essa opção. O presidente da República ainda não se posicionou, mas a gente acha que esse despacho vai acontecer de hoje para amanhã, do ministro Pazuello com o presidente", informou Talita Saito, subchefe adjunta de Política Econômica da Casa Civil, em uma reunião interministerial iniciada por volta das 22h do dia 17. Como revelou Crusoé, a mesma assessora presidencial já havia implicado diretamente Bolsonaro no atraso do Brasil dois dias antes.
Em razão da indecisão presidencial, o governo Bolsonaro teve de adotar estratégia com menor segurança jurídica para viabilizar a entrada do país no Covax: a edição de duas medidas provisórias. Em reuniões preparatórias, integrantes do Ministério da Saúde chegaram a defender o envio de um projeto de lei para o Congresso, caminho considerado mais "seguro", mas o país acabou atropelado pelo prazo.
"Por que medida provisória? Porque o prazo é amanhã. Infelizmente a gente não tem o tempo hábil para negociar e mandar um PL para o Congresso. Vocês sabem bem que isso demora um pouquinho, mesmo sendo um assunto sensível, que tem grande apelo da população", apontou Talita Saito, na reunião para a elaboração do texto da MP que viria a liberar a entrada do país no Covax Facility.
Poucos dias antes de responder positivamente ao consórcio, o Ministério da Saúde também comunicou à Casa Civil que reduziria a cobertura vacinal contratada pelo país junto ao organismo, como revelaram as gravações divulgadas por Crusoé no último sábado, 24. De vacinas para 20% da população, o governo reduziu a compra para apenas 10%, a quantidade mínima oferecida pelo Covax.
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Comentários (4)
Nyco
2021-07-27 11:49:21Esse tipo de matéria já era, inventem outra pois para o total desespero do ANTAS y sus Burritos dominados, o MITO é probo, honesto, honrado, não mente e não rouba e não deixa roubar.
Marco
2021-07-27 09:38:19Ficou clara a responsabilidade de Bolsonaro no atraso das vacinas. Mas infelizmente ele agora é poste de Ciro Nogueira e do Centrão, então pelo menos no Congresso não vai acontecer nada com ele [Bolsonaro]. #Moro2022.
Cristian
2021-07-27 08:31:45Muita burrice ou incompetência?
Jose
2021-07-27 07:52:08Mais uma prova do genocídio bozista. Tudo planejado. Primeiro espalhou o vírus. Depois fez de tudo para não trazer vacina suficiente para controlar a pandemia. E ainda há muares, como o Nyco Penyco/Joãozinho/Takagado que defendem o genocida. Fazer o que? Não se espera muita coisa de muares degenerados e decrépitos.