O sashimi especial do futuro chefe da Casa Civil de Bolsonaro
O senador Ciro Nogueira (foto) não economiza quando o assunto é gastronomia. Entre as viagens que faz pelo país a bordo do seu jatinho, abastecido com dinheiro púbico, como mostrou Crusoé, o líder do Centrão no Senado gosta de frequentar bons restaurantes, seja em Brasília, seja no seu estado, o Piauí. Muitos dos banquetes do...
O senador Ciro Nogueira (foto) não economiza quando o assunto é gastronomia. Entre as viagens que faz pelo país a bordo do seu jatinho, abastecido com dinheiro púbico, como mostrou Crusoé, o líder do Centrão no Senado gosta de frequentar bons restaurantes, seja em Brasília, seja no seu estado, o Piauí.
Muitos dos banquetes do futuro chefe da Casa Civil de Jair Bolsonaro são bancados pelo contribuinte, por meio do reembolso com a cota parlamentar. São churrascarias, casas nordestinas e cantinas italianas. Uma das refeições chama mais atenção. Um almoço no dia 20 de outubro do ano passado, no restaurante Soho, no Pontão do Lago Sul, com vista para o Lago Paranoá.
Até a Lava Jato atingir em cheio a Odebrecht, entre 2016 e 2017, o restaurante tinha como um dos sócios formais a mulher do ex-diretor da empreiteira Claudio Melo Filho, um dos principais delatores da companhia, responsável por entregar cerca de 50 políticos, incluindo o ex-presidente Michel Temer.
Em 2019, a Polícia Federal descobriu que Claudio Melo ocultou informações em sua colaboração para beneficiar Ciro Nogueira, um dos políticos delatados pela Odebrecht. Pagamentos de 6 milhões de reais que seriam destinados a políticos do Progressistas foram integralmente direcionados por Melo ao senador e presidente do partido, o que não havia sido informado pelo delator.
Na semana passada, Crusoé revelou que Claudio Melo aparece como sócio, em uma outra empresa aberta há menos de um ano, do empresário Flávio Loureiro de Souza, amigo de Ciro Nogueira e que teria sido procurado pelo dono da firma que distribui vacinas para o Ministério da Saúde para resolver um impasse contratual com o governo de Jair Bolsonaro.
Segundo Flávio de Souza, a sociedade com Claudio Melo, considerado um dos principais lobistas de Brasília, é para investir em novos restaurantes na capital federal, algo que deve agradar, ao menos, o paladar do futuro ministro da Casa Civil do presidente Jair Bolsonaro.
Em outubro do ano passado, no restaurante Soho, Ciro Nogueira gastou 868 reais. O senador e seus acompanhantes na mesa 35 degustaram um carpaccio, tempura, urumaki de camarão, sushi de atum com foie gras e um shashimi especial de 108 reais. O banquete foi regado a vinho rose e Chardonnay. Ao menos as bebidas foram bancadas pelo senador. Os outros 555 reais da orgia gastronômica saíram dos cofres públicos.
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Comentários (10)
Lucia
2021-07-29 01:12:22É esse o Congresso Brasileiro! Enquanto milhões passam fome, não tem acesso à Saúde e nem à Educação de qualidade, não tem moradia, não tem segurança, nossos congressistas se entopem de camarão e vinho francês às nossas custas! É vergonhoso e revoltante! E acham pouco, querem sempre mais, cada vez mais! Empregam a família toda! Agora vem a mãe do sujeito ocupar a vaga do filho como se fosse uma dinastia!
Lucia
2021-07-29 00:55:31Pena que o camarão estava fresco! É tudo o que me vem à cabeça quando penso que o meu suado dinheiro foi usado para bancar o rango de sua excelência!
Luiz
2021-07-25 20:37:59Esse Ciro não parece boa gente.
Maria Fátima Lucia Ramalho
2021-07-25 13:32:51obra e graça do STF que não julga esse criminoso, hoje contemplado por Bolsonaro
sergio
2021-07-25 12:52:13Indecente, esse cara deveria estar em Bangu I, trata-se de um dos maiores criminosos do Brasil.
Alinete Oliveira de Lemos da Silva
2021-07-25 11:23:34Quer viver como rei, banque do seu bolso, não tem consciência ! Eu ia xingar, mas deixe, os vermes são assim mesmo .
Osvaldo
2021-07-25 09:59:12Eu teria vergonha de publicar uma matéria desse naipe; que fortuna hein. Outras autoridades camuflam a bebida para nós pagarmos; pelo menos o senador foi honesto em retirar da conta a bebida alcoólica. Exemplo que deveria ser seguido principalmente pelo STF.
Marina
2021-07-25 06:23:03Com as bênçãos do STF.
Romeu
2021-07-24 23:37:29Aí já é besteirol demais. A gasolina do avião se paga com a cota parlamentar é censurável; agora o valor do jantar para 4 pessoas e com 2 garrafas vinhos por 868 reais está dentro do normal e até barato para os preços de Brasília. Não exagerem nas críticas.
GUILHERME
2021-07-24 21:01:08Pelo amor de Deus ! O cara pode até não prestar, mas ficar procurando gasto mensal de 800 reais em restaurante pra montar uma reportagem ? Virou uma revistinha…