Fantinato diz que deixou coordenação do PNI após 'politização' da vacina e cita Bolsonaro
Francieli Fantinato (foto) declarou à CPI da Covid nesta quinta-feira, 8, que deixou o cargo de coordenadora do Programa Nacional de Imunizações em decorrência da "politização" da vacinação em meio à pandemia do novo coronavírus. A saída de Fantinato do cargo foi anunciada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na última quinta-feira, 1º. Na ocasião,...
Francieli Fantinato (foto) declarou à CPI da Covid nesta quinta-feira, 8, que deixou o cargo de coordenadora do Programa Nacional de Imunizações em decorrência da "politização" da vacinação em meio à pandemia do novo coronavírus.
A saída de Fantinato do cargo foi anunciada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na última quinta-feira, 1º. Na ocasião, o cardiologista afirmou que ela pediu para deixar o comando do PNI, mas não elencou as justificativas apresentadas pela servidora.
"Eu deixei o cargo por questões pessoais. Estou desde 2019 na coordenação do programa Nacional de Imunizações, venho trabalhando incansavelmente. E, pelos últimos acontecimentos da politização do assunto em relação à vacinação, eu decidi seguir meus planos pessoais", contou.
O presidente da CPI, Omar Aziz, e o relator da comissão, Renan Calheiros, então, pediram os nomes dos responsáveis por tal politização. Em princípio, a servidora pública atribuiu o problema a diversos "membros". Depois, fez menção ao presidente Jair Bolsonaro.
"Quando a gente tem ciência e segurança no produto que a gente está usando, quando os resultados apontam de forma favorável e aquilo pode trazer um resultado para a população, ter uma politização do assunto por meio do líder da nação, que traz elementos que, muitas vezes colocam em dúvida...", comentou Fantinato, que acabou interrompida pelos senadores.
"Qualquer pessoa, qualquer indivíduo que fale contrário à vacinação vai trazer dúvidas à população brasileira. Então, há necessidade de se ter uma comunicação única", completou, em seguida.
"A vacinação mudou o cenário epidemiológico do país há muitos anos. Nós tínhamos um número muito grande de diversas doenças infecciosas. Então, há de de se convir que não dá para colocar em dúvida a vacinação quanto um meio efetivo para controle da pandemia", prosseguiu.
Calheiros mencionou uma entrevista da servidora ao jornal Folha de S.Paulo, na qual Fantinato alegou que as atitudes do presidente da República prejudicam a campanha de imunização, e questionou quais foram os fatos por ela usados para embasar a declaração.
"É uma opinião pessoal. Eu enquanto coordenadora do Programa Nacional de Imunizações preciso de apoio, de apoio que seja favorável à fala em relação à vacinação. Então, quando o líder da nação não fala favorável, a minha opinião pessoal é de que isso pode trazer prejuízos".
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Comentários (4)
Gilda
2021-07-08 19:02:23Quem trabalha a favor das vacinas e da vacinação ele. sempre que pode atrapalha e além do mais coloca problemas nas vacinas dizendo que são ineficazes. Bom mesmo é ele que fica fazendo campanha nas Motoristas. E acha que está abafando.
MSF
2021-07-08 12:37:31Infelizmente o presidente trabalhou e trabalha contra as vacinas e isto está muito claro. Colocou todas as dificuldades possíveis para aquisição das mesmas. Acreditou que se a população contraísse logo o virus Covid-19 atingiríamos a "imunidade de rebanho". Ele é sim o responsável pela maior parte das mortes que ocorreram em nosso País. Lamentavelmente temos um maluco na presidência.
Carlos
2021-07-08 12:22:16ela nao tem nada de corretissima. nem o Presidente nem ninguem esta obrigado a apoiar as oponioes pessoaos dela pois ela nao é dona da verdade.
José
2021-07-08 12:04:32A senhora está corretíssima!!