Dias afirma que Departamento de Logística não fez levantamento de preços de vacinas
Ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias (foto) afirmou à CPI da Covid nesta quarta-feira, 7, que o departamento por ele chefiado não trabalhou no levantamento de preços de vacinas contra o novo coronavírus. Ferreira Dias, portanto, declarou não ter como esclarecer por que as doses da Covaxin, vacina desenvolvida pelo laboratório...
Ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias (foto) afirmou à CPI da Covid nesta quarta-feira, 7, que o departamento por ele chefiado não trabalhou no levantamento de preços de vacinas contra o novo coronavírus.
Ferreira Dias, portanto, declarou não ter como esclarecer por que as doses da Covaxin, vacina desenvolvida pelo laboratório indiano Bharat Biotech, foram compradas por um preço significativamente superior ao de imunizantes desenvolvidos pela Pfizer e pelo Instituto Butantan, por exemplo.
Sob a mesma justificativa, o ex-diretor disse não saber a razão pela qual o ministério fechou contrato pela aquisição de doses da Covaxin a 15 dólares, cada, após a pasta receber proposta, em novembro de 2020, de venda das unidades por 10 dólares.
O acerto firmado entre a Saúde e a Precisa Medicamentos, intermediária da Bharat Biotech, prevê o repasse de 1,6 bilhão de reais à empresa. "No âmbito de vacinas contra a Covid-19, o Departamento de Logística não participou de nenhuma formação de preço", alegou, após um questionamento do relator da comissão, o senador Renan Calheiros.
O emedebista, então, disse que a afirmação é "muito importante", porque contradiz versão oficial apresentada pelo Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis ao Tribunal de Contas da União e à Controladoria-Geral da União.
"Inclusive, senador, no âmbito de vacinas contra a Covid-19, como todas as tratativas, apresentação de propostas e negociação eram feitas na SE [Secretaria Executiva], esse processo chegava para o meu departamento já instruído", emendou Ferreira Dias.
O ex-diretor buscou justificar o que classificou como um "equívoco" do Departamento de Imunização. "Talvez esse equívoco se deva [ao fato de] que, em outros insumos, isso aconteceria. No âmbito da Covid-19, todas essas tratativas foram feitas exclusivamente na Secretaria Executiva".
Ferreira Dias foi exonerado do cargo há cerca de uma semana, após, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Luiz Paulo Dominguetti, que se apresenta como representante da Davati Medical Supply, alegar que o ex-diretor do ministério cobrou propina para fechar um contrato com a empresa pelo fornecimento de vacinas à pasta.
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Comentários (3)
Maria
2021-07-07 16:18:06Impressionante, não verificam quanto pagaram pelas outras vacinas? Que ministério é esse?
Rodrigo
2021-07-07 12:55:18Crusoé não supre mais do que 20 % das notícias diárias. A ilha do jornalismo virou um puxadinho da CPI.
NESTOR
2021-07-07 12:46:59A CPI não vai levar a nada...um bando de idiotas, fazendo perguntas idiotas..rss claro que o cara da logística não tem nada a ver com preço....rss uma senadora perguntar a um cabo da PM, porque ele não deu voz de prisão a dois coronéis do Exército...kkk um deboche!! Esse país é o país do faz de conta.!! Que existe uma grande quadrilha ao redor do governo, não resta dúvidas, mas façam a coisa certa, sem palhaçadas...!!