CPI pede a ministério comandado por Damares proteção a Witzel por dois anos
O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz, pediu ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, comandado por Damares Alves, a inclusão de Wilson Witzel (foto) e de familiares do governador cassado do Rio no programa de proteção a testemunhas por pelo menos dois anos, segundo informaram interlocutores do senador nesta terça-feira,...
O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz, pediu ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, comandado por Damares Alves, a inclusão de Wilson Witzel (foto) e de familiares do governador cassado do Rio no programa de proteção a testemunhas por pelo menos dois anos, segundo informaram interlocutores do senador nesta terça-feira, 6.
Witzel havia condicionado a presença numa sessão secreta da CPI ao deferimento da medida. Em ofício enviado a Aziz na segunda-feira, 5, a defesa do governador cassado afirmou que os fatos que ele "tem a revelar são gravíssimos e envolvem muitas pessoas e autoridades", o que coloca em risco a integridade física do ex-juiz e de sua família.
O programa de proteção prevê, por exemplo, segurança na casa de testemunhas e escolta nos deslocamentos dos beneficiados tanto no trajeto para trabalho quanto para depoimentos.
A CPI da Covid aprovou a realização de uma sessão secreta para ouvir Witzel em 23 de junho, após o senador informar que dispõe de informações sigilosas alinhadas à investigação. Por ora, a reunião está agendada para a próxima sexta-feira, 9, mas o colegiado estuda substitui-la pela tomada de depoimento do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros.
Em depoimento anterior, Witzel disse que os hospitais federais do Rio "têm um dono”. Depois, em privado, alegou a congressistas que se referia a Flávio Bolsonaro, que, segundo ele, interfere nos contratos das unidades de saúde e nas nomeações de dirigentes.
O governador cassado do Rio declarou, ainda, que teve os pedidos de ampliação do número de leitos voltados ao atendimento de pacientes infectados pelo novo coronavírus ignorados pelo governo Jair Bolsonaro durante a pandemia e sugeriu a atuação de milícias em centros de saúde fluminenses.
Crusoé consultou o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos sobre o pedido de proteção. Em nota, a pasta informou que, "por necessidade de sigilo", não prestar quaisquer informações sobre a solicitação.
"A inclusão no programa de proteção a testemunhas depende do preenchimento dos requisitos estabelecidos na Lei nº 9.807/1999. Havendo cumprido esses requisitos e tendo a concordância com os termos da proteção, o caso é submetido para a apreciação de um conselho deliberativo que decide pela inclusão", explicou.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (2)
Dalton
2021-07-06 22:23:53Nada mudou, continuam apagando as testemunhas, o caso Marielle é um deles.. todos mortos. Porque será?
Jose
2021-07-06 21:57:00Segundo consta a Damares só protege o namorado dela, que, por sinal, é um evangélico adúltero!