O papel da geografia em uma guerra com a Venezuela
Comandante da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), o general de brigada Gustavo Dutra de Menezes, comentou nesta segunda-feira, 11, o peso da geografia em um possível conflito armado com a Venezuela. "São 2 mil quilômetros de fronteira com a Venezuela. Dos 1.000 quilômetros no estado de Roraima, cerca de 30 quilômetros são áreas permeáveis....
Comandante da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), o general de brigada Gustavo Dutra de Menezes, comentou nesta segunda-feira, 11, o peso da geografia em um possível conflito armado com a Venezuela.
"São 2 mil quilômetros de fronteira com a Venezuela. Dos 1.000 quilômetros no estado de Roraima, cerca de 30 quilômetros são áreas permeáveis. Os outros 1.970 quilômetros são selva, e com serra. E a primeira cidade da Venezuela que tem algum poder econômico, algum atrativo, é Porto Ordaz que fica a 600 quilômetros da fronteira", disse Menezes, que falou nesta segunda-feira, 11, em uma mesa-redonda promovida pela Casa Firjan e pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri).
"Entre Boa Vista e Porto Ordaz há uma única estrada, que poderíamos dizer que é um túnel. Depois que entrou ali, não tem como sair. Não tem ramificação. Isso torna a logística muito difícil e muito complicada", disse Menezes, que considerou a possibilidade de uma guerra uma opção "meio maluca".
O militar comentou ainda como o relevo torna difícil o controle na fronteira, que segue fechada pela ditadura de Nicolás Maduro (foto). "A área entre os dois países é como se fosse um grande campo de futebol. As pessoas passam por ali caminhando. É muito difícil segurar. Com a fronteira fechada, eles passam por fora e assim perdemos o controle. Não sabemos quantos estão entrando, se possuem documentos ou se estão vacinados."
Menezes também teceu críticas ao comportamento dos militares venezuelanos. "Eles se corromperam de uma maneira absurda. Minha impressão é a de que eles construíram um estado paralelo. O Maduro, em grande parte, é apenas um fantoche. Os militares estão ganhando muito dinheiro e estão envolvidos de maneira violenta com o narcotráfico."
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Comentários (10)
WALKER
2019-03-13 08:01:37Guerra literalmente descartada.A entrada só se for por mar e ar com os Americanos e Europeus juntos. Agora, contra os narcomilitares venezuelanos a guerra já começou
Jorge
2019-03-12 12:58:12O maior problema para uma ação irresponsável de guerra, contra a Venezuela, são os caças Sukhoi SU 30 mk2, da força aérea venezuelana (autonomia de vôo, poder de fogo e agilidade).
Jorge
2019-03-12 12:50:46Esse general pertence ao estado maior do exército ou das forças armadas???? Não é tarefa dele tecer comentários sobre os seus colegas venezuelanos, criando um clima de animosidade entre os dois países. Aliás oficiais de estado maior não estão autorizados a fazer esse tipo de comentário. Por acaso esse oficial trabalhava no Estado do Rio de Janeiro, antes de ser "promovido" a Diretor da AMAN????
José
2019-03-12 11:37:31Concordo com o Comandante.Na realidade quem governa são os militares.Começou com o Chaves.O Maduro é um fanfarrão com limites de poder bem delineados.Um fantoche diversionista na mão do narcotráfico.
Renato
2019-03-12 10:55:56O Maduro só sai de lar com um tiro na cabeça...Façam isso logo é mais barato e dará menos problema para Venezuela.
Aparecida
2019-03-12 08:31:20militares × narcotráfico = Maduro empreiteiras × corrupção = Lula/PT
Kalá
2019-03-11 22:20:44Ei, o assunto está na última frase : O NARCO TRÁFICO !!! Oportunidade única para os EUA e todos.
FLAVIO
2019-03-11 19:28:49Comentário preciso de quem conhece muito bem a região. É uma característica dos militares, conhecem e estudam todas as regiões do país e devem ter traçados planos com as hipóteses de guerra com tos os países vizinhos.
Eduardo
2019-03-11 18:50:59O maior perigo da Venezuela hoje é um narcomilitar chamado Deosdado Cabello, amigão do Presidiário, quanto a geografia e só empurrar até os Andes e empurrar na “pirambeira”, as estradas de Cochabamba a lá Paz, são autônoma. O medo dos países latino-americanos, e que aqui, temos “reservistas”, e lá são pegos no “laço”, para servir ao exército!
Marcos
2019-03-11 18:39:10Pode ser uma boa idéia. Ajudem os EUA a derrubarem os ladrões de lá, depois aproveita o embalo com os daqui. Não vai nem precisar tomahawk, basta liberar Brasília pro povão. Vão direto no ninho.