Os defensores de peso de Gim Argello em processo movido pela Lava Jato
Um time de peso formado por parlamentares, um ministro do Tribunal de Contas da União e um conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público, o CNMP, tem testemunhado desde abril em favor do ex-senador Gim Argello, do PTB, em uma ação movida pela Lava Jato. Argello é acusado de receber 5 milhões de reais da...
Um time de peso formado por parlamentares, um ministro do Tribunal de Contas da União e um conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público, o CNMP, tem testemunhado desde abril em favor do ex-senador Gim Argello, do PTB, em uma ação movida pela Lava Jato. Argello é acusado de receber 5 milhões de reais da Galvão Engenharia para tentar evitar que a CPI da Petrobras convocasse para depor um executivo da empreiteira.
Entre as 37 testemunhas elencadas pelo ex-senador está o ministro do TCU Vital do Rêgo, que presidiu a CPI em 2014. "Eu tenho e tive o senador Gim Argello como um excelente parlamentar, senhor dos seus ofícios", disse o ministro em seu depoimento. Em outro processo, o próprio Vital também é acusado de receber propina, nesse caso da OAS, para evitar a convocação de empreiteiros à CPI.
Outra testemunha apresentada por Argello, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, condenado pela Lava Jato, mas que está hoje em liberdade, disse o seguinte em defesa do ex-parlamentar: "Ele (Gim Argello) não tinha essa influência. Isso me parece uma história fictícia e fantasiosa".
O conselheiro do CNMP Luiz Fernando Bandeira de Mello, ligado ao senador Renan Calheiros, também se derramou em elogios a Argello, a ponto de ser questionado sobre uma possível relação de amizade com o ex-senador. "Conheço ele de atividade parlamentar, mas não tenho nenhum tipo de impedimento para prestar depoimento", disse.
Entre os convocados para testemunhar no processo de Argello ainda estão o senador Ciro Nogueira, do Progressistas, o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia e o senador petista Humberto Costa.
Condenado a 11 anos e 8 meses pela Lava Jato justamente pela cobrança de propina durante a CPI da Petrobras, Gim Argello chegou a ficar três anos preso no Complexo Médico-Penal em Curitiba. Beneficiado pelo indulto natalino do então presidente Michel Temer, o ex-senador do PTB foi solto em junho de 2019, depois de começar a pagar uma multa de 7 milhões de reais como forma de reparação de danos ao erário.
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Comentários (10)
Elvio
2021-05-17 22:39:32É só apertar um pouco que o STF solta
Fernando
2021-05-17 13:05:07Será uma das últimas pá de cal na "Lava Jato". Na realidade o triunfo do banditismo se consagrará.
MARCOS
2021-05-17 07:22:24Uma verdadeira quadrilha elencada como testemunha em processos de um de seus membros.
Antonio
2021-05-17 07:10:33só bandido.
CATIA
2021-05-17 06:57:04Tudo gente boa
Manoel
2021-05-17 06:41:48Vital do Rego é um corrupto histórico assim como outros que querem livrar Argelo de seus crimes. Os ladrões querem ser perdoados como se nada tivesse acontecido. País sem-vergonha
Geraldo
2021-05-16 16:41:11O time de corruptos atua de forma determinada a exterminar a lava-jato e o combate à corrupção. Usam do momento de fragilidade da sociedade pela pandemia e pela derrocada total da moral e da vergonha na cara. É preciso uma terceira via como opção à corrida presidencial. Elegendo um governo digno e que abrace de forma determinada e competente o combate à corrupção, ter-se-á início um duro embate entre o sonho de futuro e as organizações criminosas que tomaram que tomaram os poderes da república.
Luiz
2021-05-16 14:33:14Pagar multa de 7.000.000,00 pra ele foi moleza. É inocente.
MARCOS
2021-05-16 14:07:23Os rotos falando bem do esfarrapado. Ladrão defende ladrão, eis a questão.
Carlos
2021-05-16 13:57:36Esse Gim só pode estar de porre...