Diante de impasse sobre caso Daniel Silveira, Lira e aliados agora querem ganhar tempo
A determinação da prisão de um parlamentar pelo Supremo Tribunal Federal com base no que os deputados chamam de “decisão elástica” foi um precedente que assustou aliados de Arthur Lira (foto). Por isso, o presidente da Câmara queria construir com o STF um acordo que consistiria na derrubada em plenário da prisão do deputado Daniel Silveira e na posterior...

A determinação da prisão de um parlamentar pelo Supremo Tribunal Federal com base no que os deputados chamam de “decisão elástica” foi um precedente que assustou aliados de Arthur Lira (foto). Por isso, o presidente da Câmara queria construir com o STF um acordo que consistiria na derrubada em plenário da prisão do deputado Daniel Silveira e na posterior cassação de seu mandato pelo Conselho de Ética.
Mas a possibilidade de a Câmara soltar Silveira apenas com a promessa de uma cassação futura não ganhou a adesão de ministros. Ao mesmo tempo, o placar unânime no Supremo pela prisão do deputado bolsonarista constrangeu muitos parlamentares que inicialmente planejavam votar de forma a contrariar a decisão dos magistrados. Para os deputados, o 11 a 0 -- nem mesmo o ministro indicado por Bolsonaro, Kassio Nunes Marques, votou a favor de Silveira -- se revertido em plenário pela Câmara, ganharia ares de afronta institucional.
Diante desse novo quadro, cresceu a tese de adiar ao máximo a votação em plenário para que o deputado passe, pelo menos, o final de semana preso. No início da próxima semana, os parlamentares mediriam novamente a temperatura da situação e poderiam decidir com mais calma o que fazer.
Nesse meio tempo, os advogados do deputado bolsonarista questionariam o “flagrante” e, caso fossem bem sucedidos, haveria até a possibilidade de a Câmara não precisaria deliberar sobre a prisão.
O tempo ganho também está sendo usado pelo presidente da casa para ainda alinhavar uma saída que seja boa para todas as partes com ministros e deputados. Uma última reunião de líderes foi convocada para tratar do assunto. Interlocutores de Lira admitem, inclusive, que a presidência da Comissão de Constituição e Justiça, prometida a Bia Kicis, pode entrar no pacote da negociação, já que o nome da parlamentar desagrada a maioria dos ministros do STF. O plano B seria Lafayette Andrada, do Republicanos.
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Comentários (10)
PINTO SEM PINGO NO I
2021-02-18 17:31:521.1 - Colocaram o bode na sala. Agora, vomo tirar o bode da sala? E o bode está fedendo. E cada dia que passa, vai feder mais. O STF na verdade, como ja externei, não engoliu o general Villas Bôas. O deputado Zé Ninguém foi o bode expiatório. Ingenuidade achar que esse deputado medíocre coloca em risco à democracia. É tudo um jogo de ego. Não estamos vivendo o Minority Report. Senão como avaliar o Gilmar Mendes chamar o Bolsonaro de genocida. Se é genocida prende. Se é e não prende, é cúmplice.
MARCOS
2021-02-18 17:10:25CPI DA LAVATOGA JÁ.
JOSÉ
2021-02-18 15:56:26TEM QUE SER BIA. ESTES MEMBROS DO STF É UMA PODRIDÃO SÓ
Agnaldo
2021-02-18 13:56:58E pensar que tudo isso aconteceu porque Fachin decidiu comentar um tuite feito há três anos...
Jorge
2021-02-18 11:43:50Vermes sempre agem debaixo da terra, escondidos dos olhos do público. Transparência e idoneidade passam longe dos novos aliados do desviador de verba de gabinetes parlamentares.
Paulo I
2021-02-18 11:43:24A Constituição não prevê "acordos" da Câmara com o STF. Apenas outorga à Câmara o poder de autorizar ou não a prisão de deputado. Negar a autorização não é ofensa nem agravo à decisão do STF aliás, no caso, bastante questionável. Trata-se apenas de preceito constitucional inscrito no princípio da separação e harmonia entre poderes.
Amilton
2021-02-18 11:41:55Era visível que esse tipo de coisa ia acontecer em relação ao STF, que tem se tornado um antro de proteção a LADRÕES DO DINHEIRO PÚBLICO. P/ isso inutilizaram o sistema penal brasileiro deixando livres, além desses LADRÕES, todo tipo de criminoso e o cidadão de bem vivendo sob o julgo do crime. Esse tipo de reação nunca começa por pessoas pacatas. Talvez seja para esse fim que o universo cria pessoas como Deputado Daniel Silveira. Afinal, coube aos urubus a nobre tarefa de eliminar a carniça.
Joelena
2021-02-18 11:00:12"" URNA NÃO É LAVANDERIA DE ILÍCITOS. VOTO NÃO É INDULTO E ELEIÇÕES NÃO TORNA NINGUÉM IMUNE ÀS EXIGÊNCIAS DO DEVIDO PROCESSO ( ARTIGO 5° INCISO LXI CONSTITUIÇÃO FEDERAL) PESSOAS QUE DAQUI EM DIANTE NÃO TERÃO COMO RECORRER AO DISCURSO DE QUE AS URNAS ABSOLVEM. VOTAÇÃO EXPRESSIVAS NÃO CONSTITUEM CAUSA DE PUNIBILIDADE NÃO APAGA OS CRIMES COMETIDOS"! CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Luiz
2021-02-18 09:56:16Poucos concordam com a forma que o deputado expressou sua indignação com o STF, porém, muitos concordam que os nossos digníssimos ministros, transformaram o STF no MONTE OLIMPO, onde o absolutismo reina como nas teorias de Busset no século XVIII. Que os nosso "deuses" possam prestar conta dos seus desmandos como qualquer outro poder!
CARLOS
2021-02-18 09:29:11Na hora do leao miar quem sabe mais faz do outro carneirinho