Conselho Nacional de Saúde pede revogação de normas sobre ‘tratamento precoce’
O Conselho Nacional de Saúde pediu ao Ministério da Saúde a revogação de quaisquer “instrumentos”, como protocolos, orientações e notas informativas, que indiquem o chamado “tratamento precoce” da Covid-19, que inclui o incentivo ao uso de medicamentos sem eficácia comprovada para o combate à doença, a exemplo da hidroxicloroquina. O presidente da entidade, Fernando Pigatto,...
O Conselho Nacional de Saúde pediu ao Ministério da Saúde a revogação de quaisquer “instrumentos”, como protocolos, orientações e notas informativas, que indiquem o chamado “tratamento precoce” da Covid-19, que inclui o incentivo ao uso de medicamentos sem eficácia comprovada para o combate à doença, a exemplo da hidroxicloroquina.
O presidente da entidade, Fernando Pigatto, encaminhou a solicitação na terça-feira, 19, após o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmar, de forma mentirosa, que jamais indicou o “tratamento precoce”, mas somente o “atendimento precoce”.
"Nós defendemos, incentivamos e orientamos que a pessoa doente procure imediatamente o posto de saúde, procure o médico. E que o médico faça o diagnóstico clínico do paciente. Este é o atendimento precoce. Que remédios o médico vai prescrever é foro íntimo do médico com seu paciente. O ministério [da Saúde] não tem protocolos sobre isso, nem poderia ter. Não é missão do ministério definir protocolo para o tratamento. Tratamento é uma coisa, atendimento é outra", declarou o general, em coletiva de imprensa, na segunda-feira.
O pedido ocorre ainda em um contexto no qual a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, reiterou que não existem alternativas terapêuticas para a prevenção ou tratamento da Covid-19. A autarquia marcou posição no último domingo, enquanto analisava requisições de uso emergencial e temporário da Coronavac e da vacina de Oxford.
No documento, Pigatto observa que está em vigência, por exemplo, uma nota informativa avalizada pela gestão Pazuello que orienta a prescrição de difosfato de cloroquina, azitromicina e sulfato de hidroxicloroquina desde os sintomas leves da Covid-19.
Além disso, o ofício cita que, apesar de Pazuello alegar nunca ter defendido o “tratamento precoce”, o ministério distribuiu hidroxicloroquina aos estados, com orientação para a receita do medicamento em caso de diagnóstico positivo para o novo coronavírus.
Em maio de 2020, o Conselho publicou uma nota alertando sobre os riscos do uso da cloroquina e da hidroxicloroquina contra a Covid-19. “Na verdade, as pesquisas vêm demonstrando o surgimento de graves e fatais efeitos indesejáveis, incluindo problemas cardíacos. Aqui estamos nos referindo a publicações em revistas renomadas como a The New England Journal of Medicine, JAMA, The BMJ 1 e The BMJ 2”, detalhou o documento, à época.
Na ocasião, o Conselho ainda apontou que a prescrição nos casos leves da doença, “pode levar a situações onde, caso desenvolva um efeito colateral grave, o paciente não tenha tempo de ser devidamente atendido, podendo evoluir para um óbito que seria evitado sem o uso do medicamento”.
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Comentários (10)
Carlos R
2021-01-21 00:37:54E NÃO É QUE O CNS ACORDOU!
Rodrigo
2021-01-21 00:18:05Prezado Paulo, permita-me usar sua teoria do suco de laranha (muito criativa por sinal) para a questão da eficácia da Coronavac. A sua eficácia é de 51% (arredondando), ou seja 51% dos vacinados não pegaram a doença e 49% pegaram a doença, mas de forma branda e se curaram. Quem garante q esses 49 % não se curariam tomando apenas suco de laranja?
Jaime
2021-01-20 18:50:21Ah, q saudade so Governo Militar! Aquilo sim era governo! Era Chefe pra todo lado e nada de líderes! Hoje, as corporações dominam o país. Quando precisava de óculos, era só consultar um optometrista e receber a receita. Hoje, o STF nos obriga marcar consulta com oftalmologista pra pegar a tal receita. Medicar em casa? Nada! Auto medicação é crime contra si mesmo. Consulte o médico. Só um médico pode automedicar-se...e tome mais consulta. O cara tá à beira da morte, sem vacina e nem cloroquina
ANTÔNIO
2021-01-20 18:02:55TODOS ESTÃO PERDIDOS. O PAÍS ESTÁ AFUNDANDO EM UM VERDADEIRO MAR DE LAMA. SALVE-SE QUEM PUDER ?
KEDMA
2021-01-20 17:28:15Sem comentar, que o governo gastou milhões na compra exagerada de cloroquina e hidroxicloroquina. 😠
Nádia
2021-01-20 17:21:55ah.. Resolveram se mexer, é..?? Barco tá fazendo água, né? Tavam tudo viajando na caravela adesivada.. Tá bom. Antes tarde.. Cadê a ANS..?? Tão quietinha, né? É assim q promove bem e saúde e blábláblá?.. Agências reguladoras...
Claudio.
2021-01-20 17:06:43Onde chegamos. Quer dizer, pelo que entendi, que não posso tomar nenhum remédio ou garrafada que eu a credito que seja um tratamento para cuidar da minha vida e saúde, vais ser impedido? Que País democrático é esse? Estão politizando tudo. Deviam logo pedir uma liminar ao Polaco do STF que ele concede. Como vão me proibir é que não sei. kkk Tá chegando a galhofa....
PAULO
2021-01-20 17:01:20Acho importante o Conselho Nacional da Saúde entrar com este pedido de revogacao. Médicos recentemente criticaram a postura do CRM. Não podemos aceitar que o trabalho sério de especialistas, seja substituídos por crendices. A Anvisa nos mostrou como são conduzidos os estudos para aprovação de uma vacina. Pessoas leigas foram apresentadas a termos com duplo cego, randomizado, etc. Então só não entendeu ainda o prejuízo que causa esses medicamentos, quem não quer ou quem age com má fé
Regina
2021-01-20 17:00:14Que atitude é essa?Muda de opinião e afirma não ter falado?A memória é fraca?
Heloisa
2021-01-20 16:37:59Óbitos tb estão ocorrendo pós- vacinação em idosos na Noruega( em investigação) com vacina Pfizer, reações anafiláticas graves com outras vacinas ( teste 2 fase moderna em um lote suspenso).Como os medicamentos tb usados no tratamento precoce, sem comprovação científica, às vacinas tb ainda não tem tempo para serem comprovadas científicamente!