Receita encaminha ao MPF suspeitas sobre empreiteiras investigadas na Lava Jato
O Ministério Público Federal vai analisar este ano ao menos quatro representações para fins penais contra a Construcap, a Mendes Júnior, a UTC e a Construbase, empreiteiras investigadas pela Lava Jato de Curitiba. As práticas criminosas narradas em relatórios produzidos por auditores do Fisco vão desde a simples omissão de informações até a apresentação de...
O Ministério Público Federal vai analisar este ano ao menos quatro representações para fins penais contra a Construcap, a Mendes Júnior, a UTC e a Construbase, empreiteiras investigadas pela Lava Jato de Curitiba.
As práticas criminosas narradas em relatórios produzidos por auditores do Fisco vão desde a simples omissão de informações até a apresentação de dados falsos nas declarações fiscais. Os documentos foram encaminhados pela Receita ao MPF no final de 2020. As empreiteiras recorriam a essas práticas, segundo os investigadores, para mascarar o dinheiro de caixa 2 usado para pagamento de propina a agentes públicos.
A UTC e a Mendes Júnior são investigadas desde as primeiras fases da Lava Jato. Ricardo Pessoa, diretor da UTC, foi um dos primeiros empresários a assinar um acordo de delação premiada e a revelar como funcionava o cartel de empreiteiras que atuava na Petrobras. Tanto a UTC quanto a Mendes Júnior, diz o Fisco, são suspeitas de fraudar a fiscalização tributária.
A Construcap, da família Capobianco, foi alvo em julho de 2016 da 31ª fase da Lava Jato, batizada de Abismo. A empresa teria pago 39 milhões de reais para conseguir integrar o consórcio responsável pela construção do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello, o Cenpes. Segundo a Receita, há indícios de que a empresa tenha fraudado a fiscalização tributária “inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de qualquer natureza”.
Uma das sócias da Construcap no consórcio investigado é a Construbase, empresa que tem Vanderlei de Natale como sócio. Ele é amigo do ex-presidente Michel Temer. A empresa é suspeita de ter prestado declaração falsa às autoridades e omitido declaração sobre bens e rendas.
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Comentários (4)
Silvino
2021-01-11 11:51:22Com a explicita e ultrajante prescrição, uma bênção pros empresários, advogados e políticos, assim caminha a leniência contra a corrupção no Brasil desde o tempo de Cabral. Acabar com essa prerrogativa na justiça não é trabalho para os mesmos de sempre, afinal lucram com a morosidade e colocam obstáculos a todo momento para se beneficiar lá adiante. Sempre contam com a ajuda dos tribunais superiores no derradeiro instante de uma suposta condenação.
Voto Salva
2021-01-10 18:42:28Esta muito lento isso, esta na cara que eles ( aparelhamento politico/judiciario + orcrims + escritórios de advocacias caríssimos) fazem de tudo para tudo prescrever. Na verdade esta na hora de acabar com a prescrição, essa ferramenta de impunidade usada ao máximo. Aproveita e investiguem os mais de 1,000 casos que prescrevem todos os anos no STF e STJ e sigam o dinheiro, ja passou da hora de cruzar os dados entre os beneficiados com isso advogados x togados x muito dinheiro. 2022 Lava Jato 2.0
Jaime
2021-01-10 16:49:18...o q quero saber é se a JHSF vai ser alvo também...😁
João
2021-01-10 16:49:03Simples bando de ratos