Delator da Operação Faroeste diz temer pela vida e contesta a PGR
O advogado Júlio César Cavalcanti Ferreira, delator da Operação Faroeste, encaminhou uma petição ao Superior Tribunal de Justiça em que afirma que fatos citados pela Procuradoria-Geral da República no pedido que deu origem à última fase da investigação tornou "ainda mais vulnerável a vida do peticionante e de sua família”. Segundo a petição, tais informações...
O advogado Júlio César Cavalcanti Ferreira, delator da Operação Faroeste, encaminhou uma petição ao Superior Tribunal de Justiça em que afirma que fatos citados pela Procuradoria-Geral da República no pedido que deu origem à última fase da investigação tornou "ainda mais vulnerável a vida do peticionante e de sua família”. Segundo a petição, tais informações que teriam sido creditadas a Ferreira não estão em seu acordo.
No documento, o delator afirma que ele não citou em sua delação os nomes do agora afastado secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, e da ex-procuradora-geral do Ministério Público baiano Ediene Lousada. Segundo a PGR, os dois integrariam o “núcleo de defesa social” da organização criminosa que negociava sentenças judicias no Tribunal de Justiça da Bahia.
No tópico sobre o núcleo, a PGR afirma que o grupo criminoso investigado na Faroeste “pode ter cooptado outros braços do sistema de defesa social, em especial o Ministério Público do Estado da Bahia, através da então procuradora-geral, Ediene Lousada, e a Secretaria de Segurança Pública, pelo chefe da pasta, o delegado de Polícia Federal Maurício Barbosa”.
Os integrantes do núcleo, diz a PGR, teriam tentado obstruir as investigações em andamento. “Nesse ponto em particular, não se pode perder de vista que o secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, tem o controle das interceptações telefônicas através da Superintendência de Inteligência da SSP/BA”, diz o pedido da Procuradoria que deu origem à última fase da Faroeste.
Em sua petição, o delator afirma que “as pessoas investigadas e citadas nos trechos acima não foram indicadas no bojo da delação em nenhum dos 25 anexos encartados ao procedimento de colaboração premiada”. A PGR disse que não se manifestaria sobre o tema.
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Comentários (8)
ANTONIO
2020-12-30 21:43:20Órgãos de Justiça na bandidagem! De onde vem a inspiração desses bandidos de toga e pseudos defensores da lei?
Scully
2020-12-21 07:29:46Coitado. Os corruptos tomaram conta das instituições de vez. E não há muito o que fazer. Há uma conjunção de forças sinistras. Se cuide homem! O mar não está para peixinho...muito tubarão à solta...e, disfarçados de sardinha!!!
LUIZ
2020-12-20 10:28:53Se não dá mais para confiar em juízes, desembargadores, ministros das altas cortes, Ministério Público (federal e estadual), no presidente e filhos, etc., em quem se pode confiar neste País abandonado pelo Senhor, com esse monte de religiões picaretas?
Aguia
2020-12-20 09:20:16O Aras mentiu p/ “entregar” o cara.
Inês
2020-12-19 22:07:25Não esqueçamos a lei que tramitação em caráter de emergência na câmara para emparedar advogados, e prender os delatores foi colocada em banho Maria, isso é, quando todos esquecerem, será colocada em votação na calada da noite pelo botafoguense da lista da Odebrecht.
Gustavo
2020-12-19 17:11:04A matéria poderia esclarecer melhor o assunto ..
Dalila
2020-12-19 16:50:07Pesado isso.
VARLICE
2020-12-19 16:15:43Nova tática da PGR para afastar da delação possíveis interessados? Colocar na boca do delator o que nunca disse e jogá-lo automaticamente às feras? E, sim, depois, não se manifestar a respeito. Que gente é essa? De que estofo é feita?