Perplexidade no Itamaraty após Senado barrar aliado de Ernesto; parlamentares falam em 'recado'
O clima no Itamaraty era de completo espanto na noite desta terça-feira, 15, depois que o Senado rejeitou, por 37 a 9, a indicação de Fabio Marzano, secretário de Soberania Nacional e Cidadania do MRE, para ser o representante do Brasil em organismos internacionais em Genebra. Pessoas próximas ao ministro Ernesto Araújo, muito ligado a...
O clima no Itamaraty era de completo espanto na noite desta terça-feira, 15, depois que o Senado rejeitou, por 37 a 9, a indicação de Fabio Marzano, secretário de Soberania Nacional e Cidadania do MRE, para ser o representante do Brasil em organismos internacionais em Genebra. Pessoas próximas ao ministro Ernesto Araújo, muito ligado a Marzano, relataram estar "perplexas".
No entendimento da cúpula do MRE, Marzano estava tecnicamente correto ao dizer à senadora Kátia Abreu, do PP do Tocantins, que não poderia responder sobre o Acordo União Europeia-Mercosul, pois o assunto nunca foi de sua alçada. A parlamentar, no entanto, ficou indignada e bateu boca com o embaixador durante a sabatina na Comissão de Relações Exteriores do Senado. Após o entrevero, alguns senadores chegaram a pedir desculpas ao diplomata em razão da situação constrangedora.
Houve, no entanto, uma ala de parlamentares que não gostou nada do que consideraram uma "grosseria" e um "desrespeito ao Senado" por parte do diplomata. O movimento para virar os votos foi capitaneado por Major Olímpio, mas ele logo ganhou a simpatia de nomes da oposição e do Centrão. Sob reserva, um líder ouvido por Crusoé avalia que o Senado queria há algum tempo mandar um recado a Ernesto Araújo, e o episódio na sabatina acabou sendo o pretexto. "Ao inferno, chanceler", bradou Olímpio, direto da tribuna do Senado, na noite de ontem.
Um opositor do governo lembra que, em uma audiência pública há três meses, o próprio chanceler bateu boca com Rogério Carvalho, líder do PT, em reunião convocada para que Ernesto explicasse a visita de Mike Pompeo a Roraima.
Com a rejeição de Marzano, integrantes da Comissão de Relações Exteriores do Senado calculam que um nome para substituir a embaixadora Maria Nazareth Farani Azevêdo em Genebra só será aprovado no ano que vem.
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Comentários (10)
Ruy
2020-12-21 12:26:40Que tal se este bando de parasitas cumprisse seus deveres constitucionais, encaminhando as propostas do executivo, e parassem de palhaçadas ...
Edna
2020-12-17 10:15:08Palhaçada desses Senadores irresponsáveis e corruptos!
Daniel
2020-12-17 09:42:49O Senado Federal trabalhando dia 15/12. Cuidado!!
Wiliam
2020-12-17 08:55:31Esse "recado" seria um reforço da ideia do toma lá, dá cá? Conhecendo a baixa densidade moral das Casas Legislativas em geral, não duvidaria nada.
Edmundo
2020-12-17 07:09:58Pergunto os parlamentares tem moral para madar recado para o Itamaratir?
Ceifador
2020-12-17 01:19:55Perplexidade por que? O Senado aprova ou não. Simples assim, do contrário não haveria necessidade de sabatina.
SERGIO
2020-12-16 20:11:21Parlamentares falando em "recado"? Eu seguro logo minha carteira.
Teca La Macchia
2020-12-16 18:12:39Um sopro de esperança... Será que o Senado vai enfim se posicionar como Parlamentares independentes do capataz presidente?
LUIZ
2020-12-16 18:03:57E eu pergunto *Temos ministro no MRE?*
Edmundo
2020-12-16 16:47:41PERGUNTO QUAL MORAL TEM ESTE SENADO PARA FAZER ISTO?