PF mira desvio de R$ 50 milhões na área da saúde do Rio de Janeiro

A Polícia Federal cumpre na manhã desta terça-feira, 15, dois mandados de prisão e 10 de busca e apreensão para avançar na investigação sobre desvios de dinheiro na área da saúde do Rio de Janeiro. A ação foi batizada de Kickback e mira um esquema que envolveu o pagamento de dívidas inscritas na modalidade restos a pagar, com desvio de cerca de 50 milhões de reais.

A investigação é um desdobramentos das operações Placebo e Tris in Idem, que miraram o governador Wilson Witzel e resultaram no seu pedido de impeachment. Os pedidos de prisão e para a realização de buscas foram feitos pela Procuradoria-Geral da República e autorizados pelo ministro Benedito Goncalves, do Superior Tribunal de Justiça.

De acordo com a PF, a organização social Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus, com contratos em Juiz de Fora, em Minas Gerais, e no Rio de Janeiro, recebeu cerca de 280 milhões de reais em dívidas inscritas em restos a pagar. Os pagamentos tiveram como contrapartida o repasse de propina.

Os pagamentos indevidos de cerca de 50 milhões de reais, diz a PF, teriam sido efetuados por meio de uma escritório de advocacia. A firma repassou 22 milhões de reais para pessoas físicas e jurídicas que mantinham relação com um operador financeiro investigado.