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Dirigentes da Abin se reuniram pela manhã para tratar de documentos entregues a Flávio Bolsonaro

Dirigentes da Agência Brasileira de Inteligência, Abin, se reuniram na manhã desta sexta-feira, 11, após a revelação que documentos foram produzidos pelo órgão e entregues à defesa de Flávio Bolsonaro sobre o caso do esquema de "rachid" na Assembleia Legislativa do Rio, a Alerj. Entre outros assuntos, a equipe de Alexandre Ramagem conversou sobre a...

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André Spigariol
4 minutos de leitura 11.12.2020 14:37 comentários 10
Flavio Bolsonaro em pose esquerdista

Dirigentes da Agência Brasileira de Inteligência, Abin, se reuniram na manhã desta sexta-feira, 11, após a revelação que documentos foram produzidos pelo órgão e entregues à defesa de Flávio Bolsonaro sobre o caso do esquema de "rachid" na Assembleia Legislativa do Rio, a Alerj.

Entre outros assuntos, a equipe de Alexandre Ramagem conversou sobre a reportagem da Revista Época que trouxe o assunto à tona. Horas depois, o Gabinete de Segurança Institucional emitiu nota para negar a existência de tais relatórios.

A um interlocutor, o ministro Augusto Heleno, do GSI, afirmou de forma peremptória que desconhece a existência dos documentos revelados. O general aparenta tranquilidade e não mudou sua agenda oficial -- ele está no Rio de Janeiro acompanhando o presidente Jair Bolsonaro.

Os documentos, segundo a Épocaforam produzidos após uma reunião realizada no Planalto entre a defesa de Flávio, Jair Bolsonaro, o diretor da agência da Abin, Alexandre Ramagem, e o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, general Augusto Heleno.

No encontro, as advogadas disseram suspeitar que o relatório que deu origem ao inquérito sobre o esquema de rachid fora produzido com base em dados obtidos por meio de uma devassa irregular em dados fiscais do senador por funcionários da Receita.

Na reunião, que data de 25 de agosto, Ramagem ficou com o material da defesa de Flávio, fez cópia e o devolveu no dia seguinte a uma das advogadas do senador, Luciana Pires. A Abin, então, elaborou relatórios com detalhes sobre o  que a defesa deveria fazer para tentar anular o inquérito. 

As informações foram repassadas ao filho 01 do presidente em setembro. Ao receber o material, Flávio o encaminhou a Luciana. Um dos documentos, cuja veracidade foi atestada pela própria advogada, é autoexplicativo ao definir a razão do trabalho. Em um campo intitulado “Finalidade”, cita: “Defender FB no caso Alerj demonstrando a nulidade processual resultante de acessos imotivados aos dados fiscais de FB”. 

Segundo a Época, neste relatório, a Abin classifica como uma “linha de ação” para cumprir a missão: “Obtenção, via Serpro, de ‘apuração especial’, demonstrando acessos imotivados anteriores (arapongagem)”. O texto detalha a dificuldade para a obtenção dos dados pedidos à Receita e, num padrão que permanece ao longo do texto, faz imputações a servidores do Fisco e a ex-secretários, a exemplo de Everardo Maciel.

Apesar de a defesa de Flávio ter confirmado a autenticidade dos relatórios, no início desta tarde, em nota, o GSI afirmou que “as acusações são desprovidas de veracidade, se valem de falsas narrativas e abordam supostos documentos, que não foram produzidos pela Agência Brasileira de Inteligência”.

Chefiado por Augusto Heleno, o órgão ainda reiterou o teor de uma nota divulgada em 23 de outubro. Na ocasião, o GSI admitiu a reunião de agosto no Planalto, mas alegou que "não realizou qualquer ação decorrente" dos relatos. "Entendeu que, dentro das suas atribuições legais, não lhe competia qualquer providência a respeito do tema", diz o texto.

Uma segunda nota oficial que vem sendo endossada por integrantes do governo é a da Associação Nacional dos Oficiais de Inteligência, AOFI. Segundo a entidade, os documentos produzidos pelos Oficiais de Inteligência "têm padrões de redação próprios, preconizados por manual da Presidência da República, por doutrina e atos normativos internos, que são incompatíveis com os conteúdos aos quais a matéria faz referência".

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André Spigariol

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Comentários (10)

MARCOS

2020-12-12 16:30:20

E a história se repete... Que injustiça! O JB, o FB, o Ramagem e o gen. Augusto Heleno (que decepção, pois parecia-me uma pessoa de bons princípios), como o Lula e o Lulinha não têm nada a ver com isso. Seria tudo uma armação?


Sergio

2020-12-12 15:14:55

O que , nos pobres mortais podemos esperar de mais essa vergonha dos nossos governantes já estou com saudades do P T pois só roubava .


Giuseppe

2020-12-12 13:59:14

Bolsomerda! Esse pais esta virando uma central de esgoto! FORA Bastardonardo e devolvam logo pra CADEIA o Lula. O Brasil é mais que esses dois.


SERGIO

2020-12-11 21:22:18

Eu li o tal relatório, na reportagem. Só tem duas opções: ou é falso ou a Abin é a agência de inteligência mais fajuta da história. O tal relatório não tem pé nem cabeça, se é autêntico então a Abin devia fazer parte das Organizações Tabajara.


Getulio

2020-12-11 20:01:47

Acredite, se quiser. Releguei artigo do HuffPost sobre senador brasileiro que teria ocultado verba desviada nas "bochechas da bunda". Que vocabulário mais feio para criticar uma medidazinha jeitosamente kurrupta! Quem levaria a sério matéria a respeito de uns galhos salientes que se projetariam de rachadinhas? Anatomicamente, o País se perderia, se tais rumores fossem tidos como informação. Corre, vale notar, boato ímpar: avistaram, há pouco, mouro na costa. Evacuação à vista, se for verdade!!!


Jose

2020-12-11 19:52:27

Um dos maiores escândalos da república brasileira. Usar o serviço público para gerar a defesa do filho criminoso.


AKUMA

2020-12-11 18:38:04

o serviço secreto brasileiro se refere a flavio bolsonaro EM LINGUAGEM "CRIPTOGRAFADA" como FB . ...realmente ninguem, mas ninguem mesmo imaginaria de quem se trata. KGB MOSSAD E CIA fujam para as colinas.me rasgo de Ódio de saber que votei nesse REBOSTEIO.


Charles

2020-12-11 17:54:36

É evidente que a corja formada pela velhinho Augusto Heleno (o marechal), o Ramagen, o FB, JB, e os demais Bostonaro do grupo,, estão percebendo que o processo está muito bem documentado e então a única forma de interromper improcedente é apelando para a nulidade das provas obtidas. As quais são legais! Tudonoara manter o bandido do FB livre.


ANTÔNIO

2020-12-11 17:34:27

Que coisa mais nojenta!


Rosileine

2020-12-11 17:00:09

e ainda querem colocar o cara na chefia da PF


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