Juíza decreta sigilo em ação que bloqueou bens de Alckmin por caixa 2 da Odebrecht
A juíza Luiza Barros Verotti, da 13ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, decretou sigilo na ação de enriquecimento ilícito que bloqueou os bens do ex-governador paulista Geraldo Alckmin (foto), do PSDB, por suposto caixa dois da Odebrecht na campanha de 2014. A ação foi proposta pelo Ministério Público de São Paulo em setembro de 2018,...
A juíza Luiza Barros Verotti, da 13ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, decretou sigilo na ação de enriquecimento ilícito que bloqueou os bens do ex-governador paulista Geraldo Alckmin (foto), do PSDB, por suposto caixa dois da Odebrecht na campanha de 2014.
A ação foi proposta pelo Ministério Público de São Paulo em setembro de 2018, quando o tucano havia deixado o governo do estado para disputar a presidência da República. No ano seguinte, a Justiça paulista acolheu o pedido do promotor Ricardo Manuel Castro e bloqueou os bens de Alckmin.
Foi com base nas mesmas provas levantadas pelo MP paulista com as delações de executivos da Odebrecht e do doleiro Álvaro José Novis, além de mensagens de Skype e gravações telefônicas indicando as entregas de dinheiro em espécie para um ex-assessor do governo Alckmin, que a Polícia Federal indiciou e a Promotoria eleitoral denunciou o tucano por corrupção, caixa dois e lavagem de dinheiro em julho deste ano.
Naquele mesmo mês, Alckmin virou réu também na Justiça Eleitoral e teve, novamente, os bens bloqueados. Ao todo, o ex-governador é acusado de ter recebido 2 milhões de reais na campanha de 2010 e mais 9,3 milhões em 2014, quando se reelegeu ao governo. O fato levou o tucano a se afastar da campanha à reeleição do prefeito de São Paulo, Bruno Covas, do PSDB.
Além de bloqueio de bens já decretado na Justiça comum, Alckmin pode ter os direitos políticos cassados em uma eventual condenação na ação de enriquecimento ilícito e ser tornar ficha-suja caso a sentença seja confirmada por órgão colegiado na segunda instância.
Procurado por Crusoé, o Tribunal de Justiça informou que a decretação de segredo de Justiça na ação contra Alckmin ocorreu devido à juntada de documentos do Supremo Tribunal Federal "dados como sigilosos".
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Comentários (7)
EDMIR
2020-11-28 13:05:49Geraldo Alckmin é um homem honrado e probo. Na política, o jogo é muito sujo. Acusam inocentes para se livrarem de um concorrente.
NESTOR
2020-11-26 16:38:38Não acredito que Alckmin tenha se corrompido. Quem conhece seu estilo de vida, família e procedimentos, sabe que é um político de outro nível. São Paulo só progrediu em seus governos....
AIRTON
2020-11-26 10:56:35Por quê sigilo "nobre" juiza. Estamos falando de dinheiro público, Tem que dar transparência para a sociedade saber quem são os vermes que temos que eliminar. Seja de qual partido for, de qual sobrenome possuir.
ARUALDO
2020-11-26 08:56:33É do PSDB? Então é o Gilmar Mendes em ação. Esse STF é um circo
Volf MS
2020-11-26 08:47:58Se chegar escapar aí sim a choradeira do PT vai ser grande. A máxima porque só nós.
MARCOS
2020-11-26 08:24:35Esse “segredo de justiça”, só se aplica aos ladrões poderosos e que roubaram muito.
JOSE
2020-11-26 05:57:52Criaram a aquela famosa frase (Religião Política e Futebol) não se discute os políticos vão nadando de braçada na corrupção. Futebol e Religião de fato não se discute afinal cada um tem sua Fé ou sua preferência por um Clube. Mais Política temos que discutir, analisar,acompanhar, para que quando for preciso possamos fazer uma boa escolha.