Votação de Trump teve como pano de fundo a economia, e não o coronavírus
A questão da recuperação econômica pode ter desempenhado um papel importante nos bons resultados apresentados pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (foto), na contagem de votos da eleição presidencial. Na manhã desta quarta-feira, 4, Trump aparecia na dianteira na disputa de três estados-pêndulo que lhe deram a vitória em 2016: Pensilvânia, Carolina do Norte e...
A questão da recuperação econômica pode ter desempenhado um papel importante nos bons resultados apresentados pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (foto), na contagem de votos da eleição presidencial.
Na manhã desta quarta-feira, 4, Trump aparecia na dianteira na disputa de três estados-pêndulo que lhe deram a vitória em 2016: Pensilvânia, Carolina do Norte e Michigan. Os números até agora indicam que Trump conseguiu reter a preferência dos eleitores brancos sem diploma universitário nesses estados. Em 2016, Trump teve 67% dos votos dos brancos sem diploma nacionalmente, enquanto Hillary Clinton conseguiu 28%. Este ano, Trump teve 64% nesse grupo e Joe Biden, 35%.
Segundo pesquisa de boca de urna do jornal Washington Post, cerca de 81% dos eleitores que votaram agora em Trump afirmaram que o tema mais importante para definir o voto foi a economia. Em segundo lugar ficou crime e segurança, com 71%. O coronavírus só é citado como prioridade por 14% dos eleitores do republicano.
Além disso, para 76% dos eleitores de Trump é preciso urgentemente reerguer a economia, mesmo que para isso seja necessário atrapalhar o combate ao coronavírus. Entre os eleitores de Joe Biden, apenas 22% concordam com essa sentença. "A economia foi decisiva, porque serviu de contraponto para os efeitos do coronavírus na popularidade de Trump", diz o cientista político Adriano Cerqueira, do Ibmec de Belo Horizonte. "Outro fator importante foram os protestos violentos, que deram a Trump a chance de se recuperar com o discurso da lei e da ordem."
Os resultados divulgados até agora mostram que a corrida pela presidência dos Estados Unidos será mais acirrada do que se supunha. Antes da eleição, o site FiveThirtyEight dava uma chance de 88% de vitória do democrata. A Economist/Yougov falava em 96% de probabilidade de Biden ganhar.
Segundo projeção do Washington Post, vitórias nos estados-pêndulo da Pensilvânia, Carolina do Norte, Flórida e Michigan poderiam dar uma vantagem de dez a vinte delegados no Colégio Eleitoral para Trump, mesmo que Biden vencesse nos estados-pêndulo do Arizona e do Wisconsin.
A esperança dos democratas é a de que a contagem dos votos pelo correio possa inclinar para Biden a Geórgia, a Pensilvânia, o Michigan ou a Carolina do Norte. Em todos eles, mais de 75% dos votos foram apurados.
Na madrugada desta quarta, Trump declarou vitória em um discurso para apoiadores: “Nós estamos nos preparando para ganhar esta eleição. Francamente, nós ganhamos esta eleição”. Pouco antes, o democrata Joe Biden pediu paciência para seus eleitores. "Mantenham a fé, pessoal. Nós vamos vencer", disse Biden.
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Comentários (2)
Elaine
2020-11-04 10:22:12Uma brasileira , abaixo do Equador, no sul do Brasil, dizer que nunca gostou de Trump desde sempre ... por tudo que ele representa , é como uma poeira cósmica . MAS EU NÃO GOSTO .
KEDMA
2020-11-04 08:45:20Para uma e economia extremamente capitalista, só o que importa é a recuperação da economia. A pandemia...