PF expõe relação do BMG com então dirigente do São Paulo
A Polícia Federal encontrou na quebra de sigilo fiscal do Banco BMG pagamentos, entre os anos de 2014 e 2015, para a Consplan, empresa que tem como sócio Osvaldo Vieira de Abreu, ex-diretor financeiro do São Paulo Futebol Clube. Ele foi alvo de busca e apreensão na última quinta-feira, 29, no âmbito da Operação Macchiato,...
A Polícia Federal encontrou na quebra de sigilo fiscal do Banco BMG pagamentos, entre os anos de 2014 e 2015, para a Consplan, empresa que tem como sócio Osvaldo Vieira de Abreu, ex-diretor financeiro do São Paulo Futebol Clube. Ele foi alvo de busca e apreensão na última quinta-feira, 29, no âmbito da Operação Macchiato, que investiga desvio de valores e gestão fraudulenta no Grupo BMG.
Segundo a PF, o banco repassou 20,5 milhões de reais à empresa do ex-dirigente são paulino, sendo 13,9 milhões de reais em 2014 e outros 6,6 milhões de reais em 2015. No período em que sua empresa recebeu os valores, Vieira de Abreu era diretor financeiro do clube. Ele também ocupou outros cargos de direção em períodos anteriores. O Banco BMG patrocinou o São Paulo entre 2010 e 2011.
No relatório produzido pela Receita Federal, os auditores afirmam “não houve prestação de serviços pela Consplan”. Questionado pelo Fisco, o banco afirmou que os repasses eram “ remuneração pela captação de cliente de operações ativas e passivas”.
“Não foi apresentado ao fisco qualquer documento capaz de comprovar a efetiva atuação da Consplan tanto na contratação dos empréstimos consignados em que o Banco BMG figura como credor, como naqueles em que o BCV figura como credor”, diz a PF.
Os investigadores também tiveram acesso a um relatório do Coaf. O documento mostra que parte do dinheiro do BMG seguiu para o sócio e outra foi sacada em espécie de forma fracionada. “Foram realizados diversos saques fracionados na tentativa de evitar a comunicação automática de saques ao COAF, configurando-se a modalidade de lavagem de ativos denominada smurfing”, diz a PF.
Em comunicado enviado ao mercado após a operação, o BMG afirma que "desconhece qualquer indício da prática dos ilícitos investigados, e irá apurar todos os fatos alegados, bem como se colocará à disposição das autoridades para colaborar com as investigações e prestar quaisquer esclarecimentos necessários."
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Comentários (5)
MARCOS
2020-11-01 13:37:28BMG enrolado novamente na justiça.
Helio
2020-11-01 13:18:02BMG já e velho conhecido desta prática . Desde tempos de Marcos Valério e Aécio Neves
Salvador
2020-11-01 12:41:28Espero que a Polícia Federal atinja as máfias do futebol com firmeza e rigor! Uma delação premiada do atingido fará um bem enorme ao País!
Lucia
2020-11-01 12:24:59Corrupto está em cada canto do Brasil.
Paulo
2020-11-01 11:15:31Chegou no futebol. Parece que ninguém escapa. Basta investigar. O Brasil teria que ser reiniciado. Não deu certo!!!