A posse na imprensa internacional: desprezo e chavões
Alguns dos principais jornais do mundo não divulgaram matérias sobre a posse do presidente Jair Bolsonaro (foto). O dia da cerimônia —1º de janeiro, muito perto do réveillon— não contribuiu. Muitos jornalistas ainda estão de folga e o público leitor no resto do mundo é baixo. O Wall Street Journal só falou sobre a promessa...
Alguns dos principais jornais do mundo não divulgaram matérias sobre a posse do presidente Jair Bolsonaro (foto). O dia da cerimônia —1º de janeiro, muito perto do réveillon— não contribuiu. Muitos jornalistas ainda estão de folga e o público leitor no resto do mundo é baixo. O Wall Street Journal só falou sobre a promessa de permitir a compra de armas, mas nada disse sobre a posse. O New York Times e a Economist ignoraram o assunto.
Entre os que deram espaço, imperaram as críticas e o ceticismo. Em geral, os veículos ressaltaram o presidente de "extrema direita" ou "ultradireitista" e trouxeram à tona o passado militar do "capitão reformado", como fez a estatal inglesa BBC e os argentinos Clarín e La Nación.
A rede americana CNN, no título de sua matéria, falou do "Trump dos trópicos". Usou a posse em Brasília como um trampolim para atacar seu grande inimigo, o presidente americano Donald Trump. Segundo o título da CNN, Bolsonaro teria como missão "pegar pesado em, bem... praticamente tudo".
Para atestar a probabilidade iminente de um retorno à ditadura militar, bastava citar as medidas de segurança neste dia 1º de janeiro. O título do espanhol El País era: "Blindada, Brasília recebe apoiadores para a posse de militar reformado". No subtítulo, falava-se de um "esquema de segurança sem precedentes". O inglês The Guardian concluiu sua matéria dizendo que "o Brasil, o eterno país do futuro, pode encontrar seu destino voltando sua cabeça para o passado". O Washington Post afirmou que muitos de seus principais ministros são generais e que deputados fizeram o sinal de arma com os dedos.
Correspondentes estrangeiros que foram para Brasília chiaram porque tiveram de chegar sete horas antes dos eventos e ficaram confinados por razões de segurança. A medida foi exagerada e também afetou os profissionais brasileiros. Mas, pelo visto, poucos dos convidados de fora conseguiram respirar e tentar entender o que levou Jair Bolsonaro a receber 57,7 milhões de votos em outubro. O fastio com os amplos esquemas de corrupção e com a criminalidade praticamente não entraram nos parágrafos.
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Comentários (10)
Roberto
2019-01-03 07:57:32Estavam acostumados a serem tratados como frequentadores importantes de bordel Champanhe e caviar e pagar pouco pelo serviço.A festa acabou ,Se quiser cauterização que pagar o justo e ser educado.A casa agora tem dono.
Roberto
2019-01-03 07:53:37Este país é roubado de suas riquezas naturais desde o descobrimento .Obvio que os eternos ladroes nunca iriam ficar contentes se alguém finalmente for impedir a continuidade.Triste é ver brasileiros com pouca massa encefálica ainda aplaudir por pura ignorância a fala dos ladroes.
MARI
2019-01-02 15:43:54Conforta saber que a desinteligência atingiu o jornalismo internacional, não sabem discernir extrema direita, direita, extrema esquerda e esquerda, democrata e república. O professor deve ter sido FHC e seus comparsas, vimos postagem deles na imprensa internacional. Valeu essa nota! Oque a imprensa internacional não sabe, é que sabemos que o dinheiro roubado do contribuinte brasileiro esta depositado nos bancos deles em breve será repatriado. Somos otários?
MarcoA
2019-01-02 14:28:48Os comentarios na Crusoé sáo um caso a parte, diversáo garantida........o minimo que li é que a imprensa mundial é responsável por todo a corrupçao e males pelo mundo afora........ninguém veio pois esse é o tamanho do Brasil, o capitáo é um desconhecido fora daqui, e suas posiçoes "náo politicmente corretas" impulsionam esse vies, simples assim...vamos torcer para dar certo, afinal o Moro e o Guedes podem ajudar
CARLOS CAMAL
2019-01-02 14:25:13Parece que a mídia nacional e internacional, principalmente, ainda não se deram conta da mudança prestes a acontecer no Brasil. Eles não enxergaram que o Capitão "reformado", como os estrangeiros gostam de rotular o presidente, é a esperança de um povo indignado com a corrupção amplamente divulgada e que levou ao encarceramento de políticos velhacos, empreiteiros gananciosos, empresários desonestos e doleiros riquíssimos. Falta muito para nos livrarmos das quadrilhas e do crime organizado.
Cirval
2019-01-02 14:16:12Pois é, na hora da verdade a coisa muda. Bolsonaro conseguiu reunir em sua posse pouco mais da metade do que conseguiu o Lula. O número dos chefes de governo e de Estado foi idêntico. Na verdade, a maioria dos participantes da posse do Bolsonaro se identifica com as macacas de auditório do Lula. Apenas os sinais são opostos. A aposta do O Antagonista de 500.000 pessoas atingiu apenas 1/5. Aliás o único ponto emocionante da posse doi o hino nacional. O resto foi discurso repisado de baixo nível.
Stanley
2019-01-02 13:28:02Fazem parte da imprensa PODRE bancada por Jorge Soros. Não tem credibilidade!!! São considerados LIXOS.
Flavio
2019-01-02 13:19:16The Guardian é o Jornal do PSOL Birtanico, não vale um centavo. Único de graça na Internet pois não vale nada
Regina
2019-01-02 12:53:32Não falam que o maior cabo eleitoral do Bolsonaro foi o PT com seus desmandos, ganância e incompetência
Divino
2019-01-02 12:14:31Considerando a parcialidade de algumas redes internacionais(exemplo da CNN), será que vale a pena considerar como "negativas" a repercursão da posse?