Bolsonaro garante bônus de até 41% para militares com cargos no governo
O presidente Jair Bolsonaro regulamentou – em decreto publicado nesta terça-feira, 25 – o chamado “adicional de compensação por disponibilidade militar”, criado pela reestruturação da carreira militar proposta e aprovada pelo governo no ano passado. O auxílio, que pode chegar a 41% sobre o salário base do militar – conhecido como soldo –, foi garantido...
O presidente Jair Bolsonaro regulamentou – em decreto publicado nesta terça-feira, 25 – o chamado “adicional de compensação por disponibilidade militar”, criado pela reestruturação da carreira militar proposta e aprovada pelo governo no ano passado. O auxílio, que pode chegar a 41% sobre o salário base do militar – conhecido como soldo –, foi garantido também aos fardados que ocupam cargos civis temporários no governo e àqueles que tiverem cargo efetivo na área da saúde. No caso de Eduardo Pazuello, por exemplo, general de divisão, o benefício chega a 4,9 mil reais, correspondentes a 38% do soldo.
O benefício, no entanto, não poderá ser acumulado com o adicional de tempo de serviço. Caso o militar faça jus aos dois benefícios, ele poderá, assim, optar por aquele de maior valor. Em entrevista à imprensa, na manhã desta terça, o vice-presidente Hamilton Mourão disse que não participou da elaboração do decreto – assinado por Bolsonaro e pelo ministro Fernando Azevedo e Silva, da Defesa –, mas disse que o adicional poderia ser comparado com uma espécie de compensação pelo fato de os militares não terem direito a hora extra. O custo do penduricalho pode chegar a 2,7 bilhões de reais anuais.
Uma vez concedida a gratificação, o militar poderá incorporar o valor recebido aos seus proventos no período de inatividade. Os percentuais sobre o soldo variam de 5% a 41%, mas a nova lei, sancionada há apenas nove meses, já está gerando controvérsias na Justiça Federal e nos bastidores do governo. Os fardados de baixa patente querem a equiparação com os 41% pagos ao generalato.
Em junho, o 13º Juizado Especial Federal do Rio de Janeiro determinou à União que elevasse de 12% para 41% o percentual da bonificação concedida a um segundo sargento, amparando-se no princípio da isonomia. A União recorreu e o caso ainda não está decidido, mas advogados que atuam na área relatam um aumento na procura por litígios desse tipo. No longo prazo, caso a tese prospere em instâncias superiores, a Justiça pode aumentar ainda mais o peso fiscal da “reforma” dos militares.
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Comentários (5)
ELIZABETE
2020-08-25 20:38:14Mais uma conta pra gente pagar. E no caso de litígio do pessoal de menor patente, o valor, lá no final dos processos, será bastante salgado.
Inês
2020-08-25 20:04:44Não sabemos até a data de hoje, os eleitores da Crusoé, qual foi a justificativa do botafoguense da lista da Odebrecht de não apresentar a PEC da redução dos supersalarios dos funcionários públicos civis, creio que os militares não estão inclusos. Sr Maia botafoguense deixa de fazer entrevista para aparecer, trabalha para os brasileiros, ah não se esqueça do projeto da segunda instância, o seu projeto agora é a reeleição, mas os eleitores dará o troco no tempo certo.
Maria
2020-08-25 16:23:31mais um privilégio que vai acabar afundando a economia do Brasil
Volf MS
2020-08-25 13:07:40As FA não tiveram reforma e sim restruturação o que aumentou os salários, aí teve o adicional de habilitação, que vai causar um rombo de quase 30 bilhões em 5 anos e agora essa. O pessoal que é contra o funcionalismo não vai chiar não!. O governo é justo?
Odete6
2020-08-25 12:11:20Aaaaaahhhhhhh, sim..... agoooooooora deu pra entender tudo!!!!!!...... Tudinho mesmo.