Pomuch, uma pequena cidade de quase 10 mil habitantes na Península de Yucatán, México, celebra o Dia dos Mortos com um ritual único.
Nesta tradição, os moradores exumam os restos mortais de familiares falecidos após três anos de sepultamento para a limpeza cerimonial.
A prática ocorre alguns dias antes do Dia dos Mortos, nas datas de 1º e 2 de novembro. Este evento é uma preservação da ligação contínua entre os vivos e os mortos, sustentando as tradições dos ancestrais maias na região.

Forte raiz cultural da tradição
A origem deste ritual em Pomuch remonta ao período pré-colombiano, quando os maias realizavam complexos rituais de morte e vida. Limpar e honrar os ossos dos antepassados reflete a importância duradoura dessas conexões para os habitantes locais.
Pomuch resiste ao passar do tempo, mantendo essas tradições vivas. Enquanto muitas cidades se globalizam, esta comunidade mexicana se destaca por preservar um costume que desafia as normas modernas.
A cada ano, durante o Dia dos Mortos, as famílias se reúnem em um momento coletivo de memória e homenagem. Limpam cada osso cuidadosamente, preservando as histórias e o legado daqueles que já se foram.
Estudos indicam que os eventos não apenas reverberam no íntimo da comunidade, mas também atraem turistas curiosos e estudiosos.
Desafios do turismo e da modernidade
O aumento do interesse turístico em Pomuch oferece oportunidades, mas também desafios. A pequena cidade se vê em processo de equilibrar o desejo de compartilhar sua cultura com o mundo, e a necessidade de proteger suas tradições ancestrais da comercialização.
A interação entre os visitantes e a comunidade local deve ser gerida com cuidado, garantindo que o turismo não transforme o ritual em uma performance para entretenimento.
A identidade cultural da cidade depende de um entendimento respeitoso das práticas religiosas e históricas.




