A Academia Brasileira de Letras (ABL) está avaliando a inclusão de oito palavras no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp).
Esta iniciativa reflete adaptações no idioma devido a transformações sociais e tecnológicas. Palavras como “pejotização” e “disania” já são amplamente usadas em textos e conversas cotidianas.
A decisão será baseada em critérios rigorosos que incluem o uso frequente e a estabilidade semântica dessas palavras.
As novas palavras em avaliação
A inclusão dessas novas palavras simboliza a adaptação da língua às mudanças sociais. “Pejotização” formaliza a contratação de trabalhadores como pessoas jurídicas, um fenômeno comum no Brasil. Por outro lado, “disania” descreve a dificuldade extrema de deixar a cama pela manhã, um sentimento familiar para muitos.
Outras palavras, como “terrir“, misturam gêneros como terror e comédia, enquanto “retrofitagem” refere-se à modernização de edifícios sem alterar suas estruturas. O termo “microssono” define cochilos rápidos e involuntários, muito comuns na agitada rotina moderna.
“Tokenização” é outro termo relevante, referindo-se à segurança digital através da conversão de dados em códigos. Já “cordonel” é uma lona usada na vulcanização de pneus, destacando-se no setor automotivo. “Reclínio” amplia o vocabulário relacionado a ações físicas, significando inclinação ou descanso.
Processo de inclusão no Volp
Para que uma palavra entre no Volp, é necessário que ela apresente uso frequente e estável em textos diversos. A palavra deve manter um sentido uniforme e ser adaptada às regras ortográficas do português, especialmente se for um estrangeirismo.
O Volp é conhecido por focar na forma culta da língua, enfatizando a escrita correta e a classe gramatical. Isso garante que os novos termos sejam aspectos sólidos da comunicação, não apenas modismos.
A Academia não estabelece cronogramas rígidos; cada palavra tem seu tempo de aceitação. O processo é complexo e cada termo é avaliado conforme seu uso e aplicação na língua portuguesa.