Com pessoas que ficam à espreita, observando o movimento das praias do Nordeste, roubos podem acontecer.
Jericoacoara, Pipa e Porto de Galinhas estão tomadas, e as férias se transformam em um verdadeiro território perigoso.
Sossegadas à primeira vista, algumas praias têm regras impostas por facções, dependendo do lugar. Proibindo assaltar, serve para que a economia local não seja afetada.
Os impactos
Com os moradores conhecendo o sistema imposto, os paraísos turísticos do Nordeste vivem diante de ameaças. Isso se dá, principalmente, por aqueles que não seguem as regras. Além das praias do Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco, outras, como Miguel dos Milagres, Caraíva e Trancoso, são assim.
Expandindo sua atuação, as facções vivem de violência. Movimentando milhões, elas também faturam demais. Um exemplo ocorreu em Jericoacoara, onde um jovem de apenas 16 anos foi assassinado ao ser confundido com um dos integrantes, embora ele não tivesse nenhum envolvimento.
Sendo o possível motivo um gesto que ele articulou com as mãos, a foto se resultou no crime. O garoto estava com seu pai, mas decidiu voltar sozinho para a pousada. Ao ser questionado por um grupo, confundiram-no. Mais três pessoas foram mortas em Pipa, na Avenida Baía dos Golfinhos, onde moradores ficaram apavorados.
Ao que se refere ao paraíso turístico Porto de Galinhas, houve um episódio em que a facção exigiu que as vias fossem bloqueadas, além de todas as lojas serem fechadas. Ressaltando a necessidade de um policiamento maior para não ocorrer crimes como os citados, esses lugares, apesar de serem dominados, precisam ser seguros para os turistas e moradores.
Manchetes devem ser lidas evidenciando esses locais, e não sobre mais um assassinato que ocorreu. As pessoas precisam circular livremente, podendo apreciar o Nordeste como ele deve ser apreciado. Sendo assim, medidas mais firmes são necessárias para ajudar, especialmente para que mais uma tragédia não aconteça.