Um verme do gênero Panagrolaimus foi ressuscitado por cientistas após estar congelado por mais de 46 mil anos no permafrost siberiano.
O solo é permanentemente congelado e preserva material orgânico por longos períodos. Philipp Schiffer, do Instituto de Zoologia da Universidade de Colônia, falou sobre como a descoberta desafia o conhecimento atual sobre a vida, morte e sobrevivência em ambientes extremos.
A criatura pré-histórica se manteve em estado de dormência por milhares de anos, abrindo novas perspectivas para a ciência.
Revelando o segredo da sobrevivência
Com o mecanismo que permite a resistência dessa criatura pré-histórica após 46 mil anos, a criptobiose é onde o verme suspende seu metabolismo. Diante de condições adversas como frio intenso e desidratação, moléculas como a trehalose também ajudam a proteger as células ao substituir a água nos tecidos.
Estabilizando durante a dormência, pesquisas em outros nematoides, como Caenorhabditis elegans, mostram que os genes específicos da criptobiose auxiliam a prevenir danos celulares. Evidenciando uma estratégia evolutiva, essa é sobre resistir a ambientes extremos.
Tendo implicações que são vastas, incluindo avanços na biomedicina para conservar órgãos destinados a transplantes e pesquisas da NASA. Pensando na possibilidade de vida em outros planetas ou luas congeladas, como Marte. Embora a criatura pré-histórica original tenha morrido, seus descendentes vivem em laboratórios.
Através de estudos genéticos aprofundados, outras investigações poderão identificar proteínas e açúcares que estabilizam células durante a criptobiose. Descobrindo micro-organismos ainda mais antigos capazes de sobreviver nessas condições, ampliando o entendimento sobre os limites da vida. Além disso, revolucionando como as criaturas se adaptam em ambientes assim.
Revelando o potencial da criptobiose que serve como estratégia em condições extremas, essa criatura pré-histórica não desafia somente conceitos tradicionais, como também abre caminhos. Com eles sendo promissores para aplicação na medicina e na exploração desses locais. Tendo estudos em andamento, tecnologias podem preservar a vida em ambientes hostis.